Polícia encontra no Rio Guandu corpo de adolescente morto por causa de celular: Cauã Neres, de 17 anosreprodução
Polícia encontra no Rio Guandu corpo de adolescente morto por causa de celular
Cauã Neres, de 17 anos, estava desaparecido desde a madrugada do último domingo, quando saiu para beber com cinco colegas
Rio - O corpo do jovem Cauã Neres, de 17 anos, foi encontrado por policiais civis nesta quarta-feira (13), no Rio Guandu, na Zona Oeste. O local é o mesmo indicado por amigos que confessaram o assassinato. O crime ocorreu no domingo passado (10), quando Cauã foi apontado pelos criminosos de ter furtado o celular de um deles.
De acordo com o delegado Fabio Luiz Souza, titular da 36ª DP (Santa Cruz) delegacia responsável pelo caso, os cinco amigos, apontados como os autores, teriam agredido o jovem após suspeitas de que ele poderia ter roubado o celular de um deles. O delegado disse que eles eram amigos e tinham saído para beber na noite de sábado. Ficaram durante a madrugada em um bar e partiram para outro. Ao chegar neste último local, o grupo foi abordado por PMs.
"Na abordagem, os policiais pediram o documento de todos e o motorista do veículo foi em busca do celular no carro, mas não encontrou. Então Cauã foi até o local e conseguiu achar, o que teria levantado a desconfiança do grupo", explicou o delegado.
Após isso, o grupo teria decidido dar uma lição no adolescente, que foi agredido brutalmente e, na sequência, estrangulado até a morte. "Eles admitiram que ficaram com medo do Cauã dizer que foi agredido por eles e resolveram matá-lo", afirmou o delegado. "Depois de sufocar ele com a própria camisa, amarraram uma pedra ao corpo dele e jogaram no rio", completou.
O local foi apontado com exatidão por eles aos policiais, que pediram apoio do Corpo de Bombeiros e conseguiram encontrar o corpo no início da tarde desta quarta-feira.
Bom menino
A mãe de Cauã, Vanessa Neres, estava em busca do filho desde segunda-feira (11), quando suspeitou que algo tivesse acontecido. Ela compareceu ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro, nesta terça-feira (12), para procurar pelo adolescente, mas o corpo ainda não havia sido encontrado.
"Ele era um menino bom, que não está acostumado a sair de casa. Começou a sair faz um ano. Sempre foi um menino caseiro, então eu estou muito preocupado por ele ter sumido. Até achei que poderia ser alguma namoradinha, mas ele nunca fez isso. Ele mora com a minha mãe, vó dele, mas está sempre comigo. Nunca aprontou", disse a mãe do jovem, antes de descobrir que o filho estava morto.
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