Cintia Mariano Cabral foi transferida para presídio em BanguReprodução Internet

Rio - Acusada de ter matado a enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e pela tentativa de homicídio do irmão dela, Bruno Carvalho Cabral, de 16, a madrasta Cíntia Mariano Dias Cabral, teve a sua prisão temporária convertida em preventiva nesta quarta-feira (12). Ela está sendo transferida nesta noite da cadeia de Benfica, na Zona Norte da cidade, onde estava desde que foi detida, para o Instituto Santo Expedito (ISE), em Bangu, na Zona Oeste. Cíntia ficará alojada em cela separada, com 36 metros quadrados, para a garantia da sua integridade física.
Nesta terça-feira (12), a madrasta foi denunciada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ). A denúncia ocorreu por meio da 3ª Promotoria de Investigação Penal da Área Territorial Bangu e Campo Grande. De acordo com a denúncia, Cíntia agiu livre e conscientemente, com vontade de matar, envenenando a comida dos enteados. A Promotoria também requereu a prisão preventiva da denunciada. O MP fluminense sustenta que há nos autos “prova cabal” da materialidade das infrações penais praticadas contra as vítimas Fernanda e Bruno.

"Após os fatos, ambos apresentaram, como pontuado no relatório da autoridade policial, sintomas típicos de intoxicação exógena por carbamato (chumbinho), quando verificados deforma simultânea”, diz um trecho da decisão.
A Promotoria reforça que a restrição de liberdade é necessária para a garantia da ordem pública e da regular instrução criminal: “Os crimes por ela praticados são extrema e concretamente graves e, por terem sido praticados em sequência, após curto intervalo, indicam a inclinação da demandada à prática delituosa, a qual oferece riscos à coletividade. (…) Os crimes foram praticados em âmbito familiar e a maioria das testemunhas poderia ser influenciada pela denunciada –sobretudo os seus filhos -, o que tumultuaria e colocaria em risco a integridade da instrução probatória”.
Cíntia nega que tenha cometido os crimes: “Os laudos periciais são a técnicos e extremamente parciais, com uma simples leitura, percebemos que não foi detectado nenhuma substância tóxica, o que estão fazendo é um malabarismo pericial para buscar algo que não existe, realizando uma espécie de achismo, onde o último laudo pericial, acessaram o prontuário da Fernanda, e afirmaram que devido os sintomas, ela foi envenenada, ocorre que os médicos que a atenderam, foram categóricos em afirmar que a Fernanda não apresentava sintomas de envenenamento, ressaltamos que o exame toxicológico da exumação do corpo da Fernanda, foi negativo para qualquer substância tóxica”, informaram, em nota, os criminalistas Carlos Augusto dos Santos e Raphael Souza, que representam a madrasta.