Publicado 14/07/2022 18:01 | Atualizado 14/07/2022 18:02
Rio - A paciente estuprada pelo médico Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, tomou coquetel anti-HIV e outras medicações que compõem o protocolo para vítimas de violência sexual. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) não especificou os medicamentos aplicados na mulher, mas confirmou que uma equipe multidisciplinar do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que inclui psicólogos e profissionais de Humanização, repassaram todas as informações para a vítima.
Segundo a SES, o Hospital da Mulher possui diversas certificações de excelência e é referência no atendimento e no tratamento de pacientes vítimas de violência contra a mulher e está acompanhando a paciente desde o ocorrido.
Nesta quinta-feira, a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, disse que a mulher voltou a amamentar nesta quinta-feira. Lomba disse ainda que não descarta pedir judicialmente um exame de HIV no médico. Giovanni se encontra preso no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste, desde terça-feira, quando teve a prisão provisória decretada.
Ao DIA, a médica ginecologista obstetra coordenadora da maternidade do Hospital Icaraí/Perinatal, Flavia do Vale, explicou que mulheres lactantes devem ser orientadas sobre os potenciais riscos de transmissão do HIV pelo leite materno. "Nos casos em que sofreram violência sexual, elas são orientadas para a interrupção temporária da amamentação. Durante o período de janela imunológica, recomenda-se a extração e descarte do leite; uma vez realizado um exame de controle para o HIV na 12ª semana após início da profilaxia e sendo seu resultado não reagente, autoriza-se a reintrodução do aleitamento materno".
A especialista conta ainda que os efeitos colaterais podem variar de pessoa pra pessoa. "Alguns sintomas são náuseas, vômitos, diarreia, lesões cutâneas, cansaço, alterações na função renal e hepática".
Vídeo mostra que anestesista limpou o rosto da vítima
Imagens feitas por um celular posicionado em um armário do centro cirúrgico do Hospital da Mulher mostram o momento em que o anestesista estupra a grávida que estava na sala de parto. Em um determinado momento ele usa algumas gazes para limpar o rosto da mulher. Este material passou por perícia e vai confirmar se havia material biológico do criminoso.
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