Publicado 22/07/2022 20:23 | Atualizado 22/07/2022 20:27
Rio - O advogado Ornélio Mota, que representa a paciente Daiana Chaves Cavalcanti, de 36 anos, mantida em cárcere privado no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vai pedir indenização por dano moral à clínica onde ela estava internada desde junho. Conforme o advogado, ele fará uma "emenda inicial" no processo que corre na 5ª Vara Cível de Duque de Caxias. A paciente fez uma abdominoplastia, em março, que foi malsucedida.
Nesta sexta-feira (22), Daiana passou por cirurgia no Hospital Federal de Bonsucesso (HGB), na Zona Norte, e passa bem. Ela está sendo acompanhada por equipes do CTI, da clínica geral, da cirurgia plástica e da psicologia.
"O pedido inicial à Justiça era para garantir a transferência da Daiana da clínica. A intenção era salvar a vida dela. Agora, depois da cirurgia no Hospital Federal de Bonsucesso, ela está com outro ânimo", ponderou Mota.
Segundo o advogado, a concordância da transferência de Daiana para uma unidade federal não tira a responsabilidade do Hospital Santa Branca pelos custos que a paciente tem com o tratamento e ainda aqueles que ela venha necessitar, posteriormente.
Na quarta-feira (20), a Justiça ordenou o bloqueio de quase R$ 200 mil do Santa Branca e do médico responsável pelo procedimento na mulher, Bolívar Guerrero Silva (que está preso) para garantir a realocação e tratamento da paciente.
De acordo com Mota, a primeira liminar do caso foi emitida na esfera cível, do dia 14 de julho. Enquanto a outra saiu na última segunda-feira (18), em esfera criminal. Mas ainda assim, Daiana continuou no Santa Branca. Nesta quinta-feira, o HGB informou ao advogado que havia uma vaga para Daiana.
Sobre a cirurgia
De acordo com Mota, a primeira liminar do caso foi emitida na esfera cível, do dia 14 de julho. Enquanto a outra saiu na última segunda-feira (18), em esfera criminal. Mas ainda assim, Daiana continuou no Santa Branca. Nesta quinta-feira, o HGB informou ao advogado que havia uma vaga para Daiana.
Sobre a cirurgia
Conforme o advogado da paciente, antes da cirurgia, ela foi atendida por psicólogos da unidade federal. A equipe médica também permitiu que o marido de Daiana fosse até ao hospital para conversar com ela antes do procedimento.
"A Daiana passou pelo procedimento nesta tarde e se encontra ainda no CTI, Já fez os curativos à vácuos. Tirou a carne morta e a secreção embaixo dos seios. Depois da cirurgia, falei com ela por poucos minutos e o estado dela agora é outro. Foi atendida por profissionais de alta qualidade", afirmou Mota.
Prisão
O cirurgião plástico equatoriano Bolivar Guerrero Silva, de 63 anos, foi preso na última segunda-feira (18). A denúncia aponta que a paciente era mantida em cárcere privado na unidade de saúde por cerca de dois meses após um procedimento estético na barriga dela ter dado errado. A família foi quem procurou a delegacia para falar sobre a situação da mulher.
Os familiares acusam o médico, que administra a clínica de cirurgia plástica, de impedir a mulher de ser transferida da unidade particular para outro hospital.
Nesta terça-feira (19), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve a prisão temporária do cirurgião durante a audiência de custódia.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu sindicância para apurar os fatos. Mas todos os procedimentos correm em sigilo.
O cirurgião plástico equatoriano Bolivar Guerrero Silva, de 63 anos, foi preso na última segunda-feira (18). A denúncia aponta que a paciente era mantida em cárcere privado na unidade de saúde por cerca de dois meses após um procedimento estético na barriga dela ter dado errado. A família foi quem procurou a delegacia para falar sobre a situação da mulher.
Os familiares acusam o médico, que administra a clínica de cirurgia plástica, de impedir a mulher de ser transferida da unidade particular para outro hospital.
Nesta terça-feira (19), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve a prisão temporária do cirurgião durante a audiência de custódia.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu sindicância para apurar os fatos. Mas todos os procedimentos correm em sigilo.
Em depoimento à polícia, o médico negou que Daiana era mantida em cárcere. Ele disse que a mulher não quis ser transferida e afirmou que dava toda a assistência para ela. Bolívar alegou, ainda, que não houve erro médico e que ela não foi mantida em cárcere privado.
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