Publicado 26/07/2022 18:06
Rio - O Major da Polícia Militar, Bruno de Castro Chagas, que aparece em um vídeo dando um tapa na cara da empregada doméstica Patrícia Peixoto da Silva, já respondeu a um processo no 3º Juizado de Violência Doméstica de Jacarepaguá. Ele foi acusado de ter xingado e invadido a casa da ex-mulher, a deputada federal Major Fabiana em 2015. A tipificação do crime consta no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) como violência doméstica e o caso foi arquivado no mesmo ano.
Na decisão, o juizado indeferiu o pedido de medita protetiva solicitada pela deputada por falta de provas: "Acolho as razões do Ministério Público e indefiro a medida protetiva requerida, eis que não estão presentes os elementos ensejadores da mesma, bem como não há indícios da materialidade e da autoria".
Essa mesma denúncia foi investigada internamente pela Polícia Militar, mas a Corregedoria também arquivou o processo por considerar que o major cometeu crime de competência da Justiça comum. No âmbito militar, a corporação disse se tratar de uma transgressão de disciplina.
Durante a discussão, a empregada contou que o policial disse que a denúncia que ela faria contra ele não daria em nada por ele se tratar de um agente da segurança pública. Neste caso, as imagens da câmera de segurança do elevador do prédio onde o PM mora registraram a série de agressões às 10h do último dia 18 de julho. O vídeo já está com a Polícia Civil. A Polícia Militar também recebeu as imagens e informou que vai instaurar uma investigação interna.
Nesta terça-feira (26), bastante abalada, Patrícia foi ao programa 'Encontro', da TV Globo, e revelou o motivo da discussão. Segundo ela, Bruno se irritou com uma mensagem compartilhada nas redes sociais da empregada. "Era uma frase sobre empregada doméstica. Não lembro ao certo a frase, mas era algo que dizia que não custa nada fazer só porque tem empregada, entendeu? Mas não mencionei ninguém, não direcionei a ninguém", contou.
Patrícia também disse que a briga no elevador ficou mais tensa depois que ela pediu a chave do próprio carro, que estava de posse da mulher de Bruno. "Ele pediu para eu me retirar e eu disse que ele não precisava ficar botando a mão em mim que eu ia sair do apartamento, mas que eu queria a chave do meu carro. E ele falando que não ia me entregar a chave", disse Patrícia.
Os 20 minutos de atraso também fizeram com que Bruno ficasse ainda mais agressivo. O motivo do atraso foi porque a filha de 1 ano da empregada estava com pneumonia e não havia dormido na noite anterior.
O DIA não conseguiu localizar a defesa do Major Bruno Chagas. O espaço está aberto para manifestação.
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