Publicado 13/08/2022 16:20 | Atualizado 14/08/2022 14:50
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) decretou a prisão preventiva de Matheus de Souza Cardoso, de 44 anos, acusado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) de matar a facadas o jovem Luiz Henrique de Lima, de 22 anos, durante a Parada LGBTQIA+, em Niterói, na Região Metropolitana, no último dia 7. Ele vai responder por homicídio qualificado e já é considerado foragido da Justiça.
Na decisão, publicada na quinta-feira (11), a juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho Arce, entendeu que o crime foi praticado por motivo fútil, originado por um esbarrão. A magistrada escreveu ainda que a vítima não teve direito de defesa.
"O crime teria sido praticado por motivo fútil, ou seja, tudo teria se iniciado com um esbarrão da vítima no denunciado, que provocou a abordagem agressiva de Matheus, e ocasionou agressões mútuas. Posteriormente, ao se reencontrarem e reiniciarem a discussão seguida de nova briga, o denunciado agrediu imotivadamente a vítima com várias facadas, conduta eivada de ódio, dando causa à morte da vítima. A ação teria se dado por meio de recurso que tornou impossível a defesa da vítima, já que a ação ocorreu de inopino, surpreendendo Luiz Henrique, que não teve a mínima chance de se defender".
Relembre o caso
De acordo com a amiga Rafaele Rocha da Silva, Luiz Henrique e o homem se esbarraram no evento e a irmã da vítima separou os dois, que seguiram em direções opostas. Entretanto, quando se encontraram novamente, o agressor atacou Luiz a facadas. A vítima foi atingida na face e na cabeça. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), mas não resistiu.
"Foi um esbarrão que deram, eles dois. A irmã dele estava junto e separou. O cara foi para um lado, ele foi para outro. Daqui a pouco se encontraram e o cara já veio dando facada nele. Isso é uma injustiça, tirar a vida de uma pessoa. É um sentimento inexplicável, uma dor que eu estou sentindo, mas a saudade é pior que a dor. Então, eu quero justiça, única coisa que eu quero. Foi uma covardia total. Eu quero que ele pague", desabafou Rafaele.
A amiga da vítima disse também que já sabe quem é o autor do crime. Segundo ela, apesar de não serem amigos, o homem conheceria o jovem, e acredita que haveria uma rivalidade entre eles. "Eles não se conheciam. Eu acho que ele (agressor) conhecia, porque o Henrique era muito bonito, acho que a rixa era essa. Não era amigo dele, não tinha nada de amizade, era conhecido", disse ela.
O jovem ainda estava cursando o Ensino Médio e a morte abalou toda a família. "O pessoal está bem mal. Era um menino muito feliz, muito alegre. Estava sempre junto de todo mundo, amigo de todo mundo. Estou péssima", lamentou ela.
"Foi um esbarrão que deram, eles dois. A irmã dele estava junto e separou. O cara foi para um lado, ele foi para outro. Daqui a pouco se encontraram e o cara já veio dando facada nele. Isso é uma injustiça, tirar a vida de uma pessoa. É um sentimento inexplicável, uma dor que eu estou sentindo, mas a saudade é pior que a dor. Então, eu quero justiça, única coisa que eu quero. Foi uma covardia total. Eu quero que ele pague", desabafou Rafaele.
A amiga da vítima disse também que já sabe quem é o autor do crime. Segundo ela, apesar de não serem amigos, o homem conheceria o jovem, e acredita que haveria uma rivalidade entre eles. "Eles não se conheciam. Eu acho que ele (agressor) conhecia, porque o Henrique era muito bonito, acho que a rixa era essa. Não era amigo dele, não tinha nada de amizade, era conhecido", disse ela.
O jovem ainda estava cursando o Ensino Médio e a morte abalou toda a família. "O pessoal está bem mal. Era um menino muito feliz, muito alegre. Estava sempre junto de todo mundo, amigo de todo mundo. Estou péssima", lamentou ela.
O corpo de Luiz Henrique foi enterrado na terça-feira (9), no Cemitério do Maruí, em Niterói.
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