Publicado 16/08/2022 12:39 | Atualizado 17/08/2022 16:25
Rio - Familiares do quatro jovens que desapareceram em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última sexta-feira (12), já não têm mais esperança de encontrá-los com vida, após dias de buscas sem sucesso. Nesta segunda (15), o motorista do carro de aplicativo que conduzia os jovens foi encontrado e prestou depoimento na Delegacia de Homicídios (DHBF).
Matheus Costa da Silva, de 21 anos, Douglas de Paula Pampolha dos Santos, 22, Adriel Andrade Bastos, 24 e Jhonatan Alef Gomes Francisco, 28, desapareceram enquanto estavam a caminho de um shopping em Nova Iguaçu. De acordo com testemunhas, homens armados e encapuzados, que supostamente seriam milicianos, teriam interceptado o carro de aplicativo e os sequestrado. Até a última segunda, acreditava-se que o motorista também havia sido capturado, mas em seu depoimento, alegou ter sido liberado no mesmo instante em que os jovens foram levados.
Para Everson Turíbio, pai de Matheus, o filho se tornou mais um número na estatística de mortes pela violência no Rio. Segundo ele, a família não teve condições financeiras e psicológicas para ajudar nas buscas pelo jovem junto da polícia. "Não seguimos com as buscas por conta própria, pelo menos na minha família não temos estrutura física, psíquica, nem financeira para ficar indo atrás de todas as informações que passam para a gente. Não estamos com cabeça pra nada. Nossa vida acabou. Simplesmente meu filho foi mais um para a estatística. Mais um jovem pobre e morto no Brasil. Só queria o corpo do meu filho para poder fazer o enterro, é a única coisa que queria", desabafou.
Matheus Costa da Silva, de 21 anos, Douglas de Paula Pampolha dos Santos, 22, Adriel Andrade Bastos, 24 e Jhonatan Alef Gomes Francisco, 28, desapareceram enquanto estavam a caminho de um shopping em Nova Iguaçu. De acordo com testemunhas, homens armados e encapuzados, que supostamente seriam milicianos, teriam interceptado o carro de aplicativo e os sequestrado. Até a última segunda, acreditava-se que o motorista também havia sido capturado, mas em seu depoimento, alegou ter sido liberado no mesmo instante em que os jovens foram levados.
Para Everson Turíbio, pai de Matheus, o filho se tornou mais um número na estatística de mortes pela violência no Rio. Segundo ele, a família não teve condições financeiras e psicológicas para ajudar nas buscas pelo jovem junto da polícia. "Não seguimos com as buscas por conta própria, pelo menos na minha família não temos estrutura física, psíquica, nem financeira para ficar indo atrás de todas as informações que passam para a gente. Não estamos com cabeça pra nada. Nossa vida acabou. Simplesmente meu filho foi mais um para a estatística. Mais um jovem pobre e morto no Brasil. Só queria o corpo do meu filho para poder fazer o enterro, é a única coisa que queria", desabafou.
O motorista de aplicativo, que não teve o nome divulgado, foi localizado e ouvido, de acordo com a delegada responsável pelo caso, titular da DHBF, Ana Carolina Lemos.
"O motorista foi localizado e prestou declarações. Sua identidade e teor do depoimento não serão divulgados para preservá-lo. Várias buscas foram realizadas ontem pelas equipes. As diligências e investigação seguem em sigilo", declarou.
A tia de Douglas, Elisângela da Silva, disse que a família está sem notícias sobre o caso desde esta segunda e que só souberam da localização do motorista através de uma reportagem na televisão.
"De ontem para hoje (terça) não temos resposta de nada. A gente viu na televisão agora de manhã que o rapaz do carro foi encontrado, deu o depoimento dele, o mesmo que a outra menina já tinha dado. Estamos aqui orando e pedindo ao Senhor que alguém venha dar uma notícia, alguém venha dar uma resposta para gente, porque está sendo muito sofrido tudo isso. Minha irmã está em estado de choque, como as outras mães também e toda a família. E a gente está aqui sem saber mais o que fazer", lamentou.
Elisângela se referia a namorada de um dos jovens desaparecidos, que estava no carro com eles no momento em que foram sequestrados. No entanto, ela foi liberada pelos bandidos e prestou depoimento na DHBF.
Para os familiares de Jonathan, a chance de encontrá-lo com vida é cada vez menor. "Não tenho esperança de encontrá-lo com vida e nem imagino quem possa ter feito isso. Estamos todos bem angustiados, só queremos encontrá-los e poder fazer um enterro para acabar com essa angústia", disse Adilson Gomes Francisco, irmão do jovem.
O caso foi registrado na 52ª DP (Nova Iguaçu), posteriormente foi encaminhado para a 56ª DP (Comendador Soares) e depois a investigação foi transferida para o Setor de Descoberta de Paradeiros da DHBF.
Quem tiver informações sobre o desaparecimento dos rapazes, entre em contato nos telefones (21) 22531177 / 0300 253 1177 (interior) ou envie uma mensagem para o Whatsapp Desaparecidos +55 21 98849-6254.
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