Publicado 19/08/2022 17:39 | Atualizado 19/08/2022 17:43
Rio - A Justiça do Rio aceitou, nesta sexta-feira (19) denúncia do MPRJ contra o médico Bolívar Guerreiro Silva e também contra a técnica de enfermagem Kellen Cristina Queiroz, acusados de tentativa de homicídio contra uma paciente. A vítima Daiana Cavalcanti passou por procedimentos estéticos no hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, onde também alegou ter sido mantida em cárcere privado.
De acordo com a decisão do juiz Adriano Loureiro Binato, titular da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, o crime cometido pelo cirurgião oferece amparo legal para que a denúncia contra ele seja acolhida. Com isso, foi decretada a prisão preventiva do médico.
"Necessária, portanto, a prisão para garantia da ordem pública. A prisão processual, todavia, não está determinada pela probabilidade de condenação do denunciado. Fundamenta-se na necessidade do encarceramento para que as provas sobre os fatos sejam adquiridas em um ambiente que favoreça o surgimento da verdade", disse a juiz.
A decisão também reforçou negativa de pedidos da defesa para que o médico respondesse em liberdade por ter diabetes grave. Segundo o magistrado, o sistema carcerário dispõe de condição para que ele receba o tratamento durante a prisão. "Não se justificando, neste momento, o deferimento do pleito defensivo.
Sobre a técnica de enfermagem, o juiz acatou os pedidos do MPRJ para que Kellen fosse proibida de acessar as dependências do Hospital Santa Branca, onde a mesma é acusada de ter atuado como médica. Ela também foi proibida de ter contato com vítimas e testemunhas no caso de Daiana e, por fim, teve sua atividade como técnica de enfermagem impedida.
"Diante da gravidades dos fatos aqui analisados e de indícios de autoria , bem como haver notícias de que a ré teria se passado por médica cirurgiã ( index 52), SUSPENDO O DIREITO de exercer as funções de técnicas de enfermagem enquanto perdurar o presente feito, devendo ser oficiado ao COREN a fim de anotação da presente decisão", decretou.
Outra demanda do MPRJ, que se referia ao fechamento do Hospital Santa Branca, ao qual Bolívar seria um dos sócios, contudo, foi rejeitada pela Justiça.
"Com relação ao pedido de suspensão de funcionamento do Hospital Santa Branca, entendo que a medida requerida é extremamente gravosa aos outros funcionários que ali trabalham, devendo ser
analisado a situação do hospital por corpo técnico especializado e na seara própria", concluiu o magistrado.
analisado a situação do hospital por corpo técnico especializado e na seara própria", concluiu o magistrado.
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