Publicado 22/08/2022 14:53
Rio - A defesa de Bruno Krupp pediu a revogação da prisão preventiva do modelo ou a substituição por medidas cautelares alternativas. O pedido foi enviado na última semana à 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). Nele, os advogados destacam os problemas de saúde e a possibilidade de piora do quadro clínico do modelo de 25 anos, preso por atropelar e matar o estudante João Gabriel Cardim, 16 anos, no último dia 30 de julho na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
O documento cita o laudo da UPA do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, onde Krupp está internado. Os ferimentos descritos são: politrauma; necessidade de enxertia em membro superior, região abdominal e mãos; dependência de cadeira de rodas; ferida aberta com secreção purulenta e um edema volumoso no joelho direito. O pedido apresenta fotos das lesões.
De acordo com o advogado de Bruno, o caso não se trata de hipótese de dolo eventual, quando o autor assume o risco do ato criminoso, mas sem a intenção de buscar esse resultado. A defesa entende que o caso se trata de uma culpa consciente. Ou seja, o modelo teria consciência dos riscos, mas não acreditava na possibilidade de ocorrer o crime.
Um dos argumentos para isso são os ferimentos sofridos por Bruno. Além disso, o documento afirma que João Gabriel não atravessava a rua na faixa de pedestre e o sinal estava verde para os automóveis na Avenida Lúcio Costa.
O advogado também entende que, por mais que seja dolo eventual, medidas cautelares alternativas são suficientes para manter a ordem pública. Por fim, outro fundamento do pedido é de que houve um excesso de prazo na manutenção da prisão provisória, pois ainda não houve o oferecimento da denúncia.
Bruno foi preso no dia 3 de agosto, quando estava no Hospital Marcos Moraes, no Méier, Zona Norte do Rio. Ele foi internado após atropelar João Gabriel Cardim. Uma testemunha afirma que o modelo estava a mais de 150 km/h na via onde o máximo permitido é de 60 km/h. A vítima teve uma das pernas decepada no momento do crime e não resistiu aos ferimentos. De acordo com a Polícia Civil, Bruno não tinha carteira de habilitação e dirigia uma moto sem placa.
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