Publicado 24/08/2022 18:11
Rio - A greve iniciada pelos rodoviários de Duque de Caxias e Magé, na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira (24), causou transtornos na volta para casa de vários trabalhadores que dependem do meio de transporte. Aqueles que optaram por voltar de trem também encontraram plataformas lotadas devido a uma manutenção emergencial na via, no trecho entre Central do Brasil e Gramacho. A SuperVia informou que temporariamente encontram-se suspensas as partidas de Saracuruna para Gramacho e de Gramacho para Central. A circulação do ramal será realizada apenas de Central para Gramacho e Gramacho para Saracuruna. Não há prazo para a regularização. No fim desta tarde, a categoria decidiu pela continuidade da greve na quinta-feira (25).
Um passageiro usou as redes sociais para mostrar a situação da plataforma do Maracanã, na Zona Norte do Rio. Ele aguardava o trem para Gramacho, na Baixada.
Rodoviários também foram às ruas de Caxias, durante a tarde para exigir reajuste salarial. Com gritos de "Amanhã não sai ninguém", os funcionários informaram que a greve vai continuar. Veja o vídeo:
Ao todo, 50% da frota de ônibus que roda dentro destes municípios, além dos que ligam as duas cidades a outros locais, não foram para as ruas. Por causa das longas filas e coletivos lotados, muitos precisaram fazer trajeto a pé para conseguir chegar ao trabalho no início da manhã.
Durante a tarde, a Prefeitura de Caxias havia informado que as empresas Santo Antônio e Trel haviam colocado 90% dos ônibus em circulação e que as demais, que exploram as linhas municipais, estão liberando seus veículos com a chegada dos rodoviários. Entretanto, o sindicato não confirmou a informação.
O que pede a classe
O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Caxias e Magé estipulou na última quarta-feira (17) estado de greve, com paralisação marcada para esta quarta (24) por tempo indeterminado. Duas reuniões foram realizadas sem que chegassem a um número que agradasse a ambos. Uma das reivindicações é um reajuste de 11,71% no salário retroativo a junho. A última proposta apresentada pelas empresas foi um reajuste de 5%, que não foi aceito por eles.
Por meio de nota, o Setransduc, sindicato que representa as empresas de ônibus em Caxias e Magé, informou que foi surpreendido com a paralisação parcial dos rodoviários e já solicitou à Justiça a decretação da ilegalidade do movimento, uma vez que foi celebrado, na segunda-feira (22), um acordo para o reajuste salarial da categoria e a redução no desconto referente à cesta básica, na Delegacia Regional do Trabalho de Caxias.
A reunião de mediação contou com a presença de representantes legais dos sindicatos patronal e dos trabalhadores, além de uma comissão de rodoviários e dos advogados das duas partes, com a mediação da Delegacia Regional do Trabalho. "Desta forma, o movimento contraria o que foi estabelecido na negociação e pode ser considerado ilegal. O Setransduc reforça que as empresas estarão com toda a frota disponível para operação normal, e espera o retorno imediato ao trabalho dos rodoviários que aderiram à paralisação, a fim de normalizar o serviço e evitar mais transtornos à população de Caxias e Magé", disse.
A reunião de mediação contou com a presença de representantes legais dos sindicatos patronal e dos trabalhadores, além de uma comissão de rodoviários e dos advogados das duas partes, com a mediação da Delegacia Regional do Trabalho. "Desta forma, o movimento contraria o que foi estabelecido na negociação e pode ser considerado ilegal. O Setransduc reforça que as empresas estarão com toda a frota disponível para operação normal, e espera o retorno imediato ao trabalho dos rodoviários que aderiram à paralisação, a fim de normalizar o serviço e evitar mais transtornos à população de Caxias e Magé", disse.
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