Publicado 28/08/2022 16:21
Rio - O arborizado e residencial Grajaú, bairro na Zona Norte carioca, celebrou seus 108 anos, neste domingo (28), com uma programação para toda família, recheada de shows, apresentações, com direito a bolo tamanho família e parabéns. O evento aconteceu na praça Emundo Rego e foi promovido pela Subprefeitura da Grande Tijuca, em parceria com a Associação de Moradores do Grajaú (Amgra) e com a Portal Produções.
Desde 9h da manhã, os moradores prestigiaram apresentações, como tributos a nomes brasileiros e internacionais, como O Rappa e Michael Jackson, a participação especial da banda da Guarda Municipal, shows, DJ, e muita Música Popular Brasileira (MPB). A programação contou com a presença de professores e alunos da Escola Livre Vila Musical, coordenados pelo diretor musical Eric Chandoha, que apresentaram alguns números musicais do projeto "Mundo Negro", e da Uniarte Escola de Dança, que trouxe suas alunas do baby class e infantil para colorirem a festa.
"Preparamos um evento com a cara do Grajaú, envolvendo escolas e famílias do bairro, uma comemoração feita com carinho para as famílias grajauenses, onde todos serão muito bem-vindos. Queremos cantar e celebrar o amor que temos por este bairro", afirmou o subprefeito Wagner Coe, morador do bairro há mais de 40 anos.
Willian Gomes, de 37 anos, mora no bairro há dez anos. Em 2019, ele se mudou para São Paulo, mas em novembro do ano passado, por conta da pandemia, precisou retornar para o Rio. O destino era certo. "Resolvi voltar para cá e foi uma boa escolha", contou o designer, que teceu elogios ao bucólico Grajaú.
"Apesar do bairro ser bastante residencial, há um bom comércio e proximidade com a Tijuca, com o Centro. Tem muitos lugares agradáveis, vários bares bem clássicos e outros novos que estão surgindo, ou seja, muita opção gastronômica. O bairro tem opções também de atividades ao ar livre, porque temos praças como a Edmundo Rego, que fica no centro, reservas, onde as pessoas podem fazer atividades físicas – eu mesmo praticava Kung Fu –, e cerca de três clubes, onde acontecem atividades esportivas, shows e festas. É bem gostoso, é como se você saísse um pouco do caos da cidade e estivesse um pouco mais em contato com a natureza", descreveu Gomes.
Dos 37 anos de vida do professor Diogo Comba, mais de 20 foram vividos no bairro. "Me mudei para o Grajaú em 2000, quando meus pais se separaram. No início, foi difícil me acostumar, porque eu vim do subúrbio do Rio. Achei os costumes e as pessoas muito diferentes, mas logo de cara gostei muito do bairro. Achei muito arborizado, muito tranquilo. Eu gosto muito da rua onde eu moro, a Engenheiro Richard, que é uma das ruas principais. Tem muitos bares legais ali. Gosto dos clubes, da Reserva Florestal que tem e que eu acho que é um diferencial do bairro, digamos assim", contou Comba.
"Nasci no bairro e moro aqui desde sempre. Cheguei a sair algumas vezes, mas voltei", contou a Elba Domingues, de 42 anos. "Aqui é praticamente uma cidade interior, nos aspectos positivos e negativos. É um bairro muito bonito esteticamente, um bairro legal para quem tem crianças. Tem praças, onde o pessoal se reúne bastante. Todo mundo se conhece e sabe da vida do outro", brincou a professora de formação, que completou:
"As pessoas geralmente não saem do bairro. Elas crescem aqui, estudam aqui, gostam de criar os filho aqui e se divertem no bairro, ou seja, ficam nesse reduto".
Em julho, o Grajaú ganhou um totem para chamar de seu. Bem na entrada do Grajaú, na Praça Malvino Reis, um enorme coração com o nome do bairro se tornou a mais nova atração e chama a atenção do orgulho ser grajauense. O ícone foi confeccionado pelo restaurante Planalto do Chopp e a Subprefeitura da Grande Tijuca.
* Estagiária sob supervisão de Raphael Perucci
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