Publicado 08/09/2022 14:27
Rio - Revolta e dor marcaram a despedida de parentes e amigos a Loham Pinheiro, de 30 anos, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no início da tarde desta quinta-feira (8). Durante o velório do mecânico, familiares voltaram a questionar a versão apresentada pela PM de que ele teria sido morto ao tentar assaltar um policial.
"Tentaram colocar o moleque como ladrão, mas ele é trabalhador e sempre foi. Hoje ele deixa uma filha, deixa família e amigos. Estão todos aqui. A história se inverteu, o vagabundo dessa vez é o policial que cometeu esse assassinato. (...) A justiça vai ser feita. A gente quer justiça pelo Loham", disse Edson, amigo de infância de Loham, que deixou mulher e uma filha de 6 anos.
Segundo versão de familiares, Loham voltava para casa após comprar um lanche para a namorada, quando foi baleado duas vezes pelas costas por um PM de folga. Mesmo atingido, ele conseguiu pilotar a moto até em casa e pedir socorro. O mecânico chegou a ser socorrido e levado para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos.
"Tentaram colocar o moleque como ladrão, mas ele é trabalhador e sempre foi. Hoje ele deixa uma filha, deixa família e amigos. Estão todos aqui. A história se inverteu, o vagabundo dessa vez é o policial que cometeu esse assassinato. (...) A justiça vai ser feita. A gente quer justiça pelo Loham", disse Edson, amigo de infância de Loham, que deixou mulher e uma filha de 6 anos.
Segundo versão de familiares, Loham voltava para casa após comprar um lanche para a namorada, quando foi baleado duas vezes pelas costas por um PM de folga. Mesmo atingido, ele conseguiu pilotar a moto até em casa e pedir socorro. O mecânico chegou a ser socorrido e levado para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos.
Um grupo de amigos de Loham chegou a estampar o rosto do jovem em camisetas, que traziam mensagens de revolta. "Parte de mim entende a sua partida, outra parte morre de saudades", dizia uma das homenagens.
Versão do PM
A versão do policial militar coloca Loham como criminoso. De acordo com o PM Renan Leite Santos, lotado no Batalhão de Botafogo, o mecânico e outros dois criminosos teriam tentado praticar um assalto contra ele. Contudo, testemunhas indicam que a vítima não estava armada e que foi atingida pelas costas, sem chance de defesa.
A dinâmica apresentada pela Polícia Militar foi a mesma dada por Renan Leite de que ele teria reagido a uma tentativa de assalto e baleado os três homens. O caso foi registrado na 58ª DP (Posse), que investiga o caso.
Três baleados
Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, nesta quarta-feira (7), Robert Silva Pinheiro, irmão de Loham, teria explicado ainda como os outros dois homens, apontados como suspeito pela PM, teriam sido atingidos. Segundo ele, após ter atirado contra o mecânico, o policial foi até a rua onde o mecânico morava com a namorada e a filha. No local, vizinhos e conhecidos teriam o rodeado dizendo que ele havia feito uma "besteira".
Nesse momento, o policial teria sacado a arma e disparado a queima roupa contra uma das pessoas que o indagava. O tiro atravessou a vítima e acertou outro homem na mão. Os dois também foram socorridos para o Hospital Municipal da Posse.
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