Publicado 09/09/2022 16:45
Rio - Com medo, a síndica de um prédio em São Gonçalo, na Região Metropolitana, agredida por um condômino na tarde de quinta-feira (8), disse que passou a circular pelos corredores do local sempre acompanhada de um funcionário. Ao DIA, Rosimere Fortes, de 58 anos, que também é advogada, afirmou que vai entrar com um pedido de medida protetiva nos próximos dias contra Fernando Pensabem Menezes, de 41 anos. Segundo a vítima, ele foi o autor dos chutes e empurrões disparados contra ela.
A síndica também contou que a intimação para que o morador comparecesse na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), em São Gonçalo, para depor foi deixada na tarde de sexta-feira (9) no apartamento do homem. "Chegou ainda pouco uma carta de intimação para ele, mas como ele não estava em casa, ainda não recebeu. Mas está no apartamento dele já", disse Rosimere.
Mesmo temendo por uma possível retaliação por causa das denúncias feitas contra o morador, a advogada disse que vai lutar por justiça. "Assim é que está a nossa sociedade, machista. Isso tem que acabar. Não podemos mais aceitar esse tipo de agressão contra a mulher", desabafou.
Agressões foram registradas por câmeras
Nas imagens da câmera de segurança da portaria, é possível ver o momento em que a síndica questiona o morador sobre os xingamentos e ele, depois de se aproximar dela, cospe no rosto da advogada. Nesse momento, ela tenta revidar o cuspe e ele tenta partir para cima dela. Acerta um chute que faz com que a síndica caia em um sofá. Depois disso, mesmo segurado pelo porteiro e por um faxineiro, ele ainda puxa Rosimere pela perna. "Ele só não fez mais porque eles estavam lá e seguraram", lembrou.
Veja as imagens:
A síndica explica que no dia dos xingamentos, Fernando teria se aproximado dela como quem a jogaria no chão, por isso ela se impôs ao encontrá-lo na portaria, nesta quinta-feira. "Ele vinha na direção contrária, na mesma calçada, com duas sacolas de compras e, em vez de desviar, ele veio direto na minha direção, como se fosse me jogar no chão ou passar por cima de mim. Falei: 'opa, o que é isso'. Nós discutimos algum tempo ele andou e mais na frente falou um palavrão, mandou eu tomar naquele lugar", contou.
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