Publicado 15/09/2022 15:07
Rio- O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária do Rio (Ivisa-Rio), em parceria com a subprefeitura das Ilhas, interditou totalmente a Casa de Repouso Divina Luz, na Ilha do Governador, na manhã desta quinta-feira (15), por condições insalubres e irregularidades. A instituição havia sido parcialmente interditada nesta quarta (14), quando a proprietária do local foi presa.
Segundo a subprefeitura da Ilha, além do local apresentar irregularidades quanto ao processo de trabalho, ele contava com equipe técnica reduzida, falta de alimentos e péssimas condições de higiene. O Ivisa-Rio autuou a instituição privada por transgredir normas de proteção à saúde e aplicou multa.
Segundo a subprefeitura da Ilha, além do local apresentar irregularidades quanto ao processo de trabalho, ele contava com equipe técnica reduzida, falta de alimentos e péssimas condições de higiene. O Ivisa-Rio autuou a instituição privada por transgredir normas de proteção à saúde e aplicou multa.
Dos 16 idosos que residiam na unidade, 13 já foram encaminhados a outras instituições ou reinseridos às famílias. Os outros três ainda serão transferidos nesta quinta (15). No momento da inspeção nenhum deles foi encontrado contido ou amarrado. A ação foi realizada em conjunto com a Atenção Primária à Saúde da região, Secretaria Municipal de Assistência Social e Polícia Civil.
De acordo com o delegado Marcus Henrique de Oliveira Alves, titular da 37ª DP (Ilha do Governador), que realizou a prisão em flagrante da dona da instituição, identificada como Edna Fatima dos Santos, de 67 anos, por maus-tratos nesta quarta (14), os policiais apenas auxiliaram os agentes da vigilância sanitária durante o fechamento total da unidade nesta quinta (15).
Ainda de acordo com a subprefeitura, denúncias apontaram que os funcionários estariam cometendo maus-tratos, dopando os internados e falsificando receituários, além de manter alimentos estragados e fora do prazo de validade. Há declarações também de que imperícia por parte de funcionários e da gerente do asilo durante procedimentos de primeiros socorros possam ter contribuído para dois óbitos nos últimos 15 dias.
Em relação à morte dos dois idosos, o delegado Marcus Henrique informou que os casos não foram registrados na delegacia e por isso ainda não estão sendo investigados.
O asilo já havia sido inspecionado na última sexta-feira (9) e passou por nova averiguação nesta quarta-feira (14), sendo, então, interditado para recebimento de novos pacientes, mas após receber uma nova visita para checagem das exigências foi totalmente fechado.
Nesta tarde, um médico, de 83 anos, que trabalhava na unidade desde 2006 foi prestar depoimento. O delegado Marcus Henrique explicou que esse senhor, que não teve a identidade revelada, trabalhava examinando a dona da instituição, Edna, e os pacientes e que, agora, ia esporadicamente à casa de repouso. O delegado informou ainda que não há novas informações no seu depoimento.
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