Allan Turnowski foi chefe da Polícia Civil entre 2010 e 2011Marcos Porto/Agencia O Dia
Publicado 15/09/2022 21:11 | Atualizado 16/09/2022 07:19
Rio – O Ministério Público do Rio (MPRJ) investiga o rumo dado a um aparelho de celular do delegado Allan Turnowski, preso na última sexta-feira (9) pela ação Águia na Cabeça. Turnowski é réu por organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho.
No dia da ação, agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, chegaram a apreender celulares na casa de Allan, mas não encontraram o aparelho em questão. Segundo promotores, o delegado informou que o perdeu em um ato de campanha eleitoral – ele é candidato a deputado federal pelo Partido Liberal (PL).
Porém, as análises do Ministério Público mostraram que, às 23h da véspera da prisão, o celular estava em uma área de cobertura da região da Barra da Tijuca, que abrange o endereço residencial de Turnowski, indicando que ele chegou em casa com o aparelho. A prisão foi feita oito horas depois, o que, para o Ministério Público, é um indicativo de que o celular não foi perdido.
O aparelho é visado pelo MP pois ele era usado por Allan Turnowski para trocar mensagens com parceiros de crime, em especial com o delegado Maurício Demétrio, para quem disse "Somos o mesmo CPF", em uma mensagem de áudio incluída no processo.
No entanto, o magistrado negou a transferência de Turnowski da Cadeia Pública Constantino Cokótos, em Niterói, Região Metropolitana, para a unidade militar do Corpo de Bombeiros da Secretaria de Estado da Defesa Civil e para o Batalhão Especial Prisional da PM, solicitando assim à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) que providenciasse um alojamento improvisado na cadeia onde ele está que sirva de Sala de Estado-Maior.
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