Publicado 29/09/2022 09:48 | Atualizado 29/09/2022 14:57
Rio - "Eu me sinto usada, violentada", assim se declarou a mulher que acusa os jogadores do Botafogo de Ribeirão Preto de estupro, na madrugada da última segunda-feira (26), em um hotel no Santo Cristo, na Zona Portuária do Rio.
Em entrevista ao "RJTV", da TV Globo, a mulher detalhou as agressões e afirmou estar bastante abalada com o o ocorrido. "A gente vai para se divertir, curtir e volta para casa chorando, mordida", lamentou.
Ela conheceu um dos jogadores, o argentino Alexis Lucas Delgado, durante a comemoração da vitória do Botafogo de Ribeirão Preto – time da série C do Campeonato Brasileiro – após o jogo contra o Volta Redonda, no estádio Raulino de Oliveira, no Sul Fluminense, que garantiu a classificação do time para a Série B do Brasileirão.
Os dois estavam em uma boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quando a vítima concordou em ir até o hotel onde ele estava hospedado no Santo Cristo. Segundo seu relato, a relação com Delgado, inicialmente, foi consensual. Os dois foram para um hotel e ela pediu que ele utilizasse preservativo para que o casal tivesse relações. Para ela, foi nesse momento em que seu pesadelo começou.
"Foi consentido até uma parte. Não desse jeito, ainda mais sem camisinha. Depois disso, já tinha alguém batendo na porta e eu falei para ele: "não abre, não abre!", mas ele abriu e os dois entraram. Já puxei minha toalha e eles já vieram tentando me agarrar. E eu falando: "não quero, não quero!", relembrou.
João Diego Jennings e Eduardo Hatamoto, conhecido como Dudu, entraram no quarto de hotel onde o casal estava, sem o consentimento da vítima. Muito assustada, ela ainda contou que após sua negativa para ter relações com os três jogadores, Dudu debochou da situação e lhe deu uma mordida.
"O menino falou: "ah, ela está marrenta é?". E foi a hora que ele me deu uma mordida no meu peito. E eu só empurrei ele. Como doeu muito, ardeu muito, eu só comecei a chorar", disse.
O caso foi registrado na 4ª DP (Praça da República) e, segundo o Boletim de Ocorrência, os suspeitos agrediram e ofenderam a mulher após a recusa dela a ter relações com os três jogadores.
A mulher, que é mãe de duas filhas, assumiu que a situação a traumatizou e que, após ter se tornado uma vítima, vai alertar as duas crianças a tomarem mais cuidado.
"É assustador, a gente sente várias emoções. A gente sente medo, eu não esperava que isso ia acontecer. Eu sempre vou lembrar... minhas filhas vão crescer e eu sempre vou falar: "aconteceu isso com a mamãe. Tomem cuidado."
De acordo com a Polícia Militar, agentes acompanharam a vítima para um atendimento no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, onde ela recebeu uma medicação contraceptiva e contra HIV. Logo após a medicação, a mulher foi encaminhada para os exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Os três jogadores devem prestar depoimento ainda está semana em São Paulo, para onde voltaram após as comemorações. O clube paulista rescindiu o contrato do atleta Delgado, enquanto Eduardo e João Diogo foram punidos disciplinarmente.
Em nota, o Botafogo informou que tomou ciência das denúncias contra os atletas e revelou que os três deixaram a concentração a 1h de segunda-feira, logo após a chegada da delegação na cidade do Rio, sem autorização, devido ao voo de volta marcado para o início da manhã.
Em entrevista ao "RJTV", da TV Globo, a mulher detalhou as agressões e afirmou estar bastante abalada com o o ocorrido. "A gente vai para se divertir, curtir e volta para casa chorando, mordida", lamentou.
Ela conheceu um dos jogadores, o argentino Alexis Lucas Delgado, durante a comemoração da vitória do Botafogo de Ribeirão Preto – time da série C do Campeonato Brasileiro – após o jogo contra o Volta Redonda, no estádio Raulino de Oliveira, no Sul Fluminense, que garantiu a classificação do time para a Série B do Brasileirão.
Os dois estavam em uma boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quando a vítima concordou em ir até o hotel onde ele estava hospedado no Santo Cristo. Segundo seu relato, a relação com Delgado, inicialmente, foi consensual. Os dois foram para um hotel e ela pediu que ele utilizasse preservativo para que o casal tivesse relações. Para ela, foi nesse momento em que seu pesadelo começou.
"Foi consentido até uma parte. Não desse jeito, ainda mais sem camisinha. Depois disso, já tinha alguém batendo na porta e eu falei para ele: "não abre, não abre!", mas ele abriu e os dois entraram. Já puxei minha toalha e eles já vieram tentando me agarrar. E eu falando: "não quero, não quero!", relembrou.
João Diego Jennings e Eduardo Hatamoto, conhecido como Dudu, entraram no quarto de hotel onde o casal estava, sem o consentimento da vítima. Muito assustada, ela ainda contou que após sua negativa para ter relações com os três jogadores, Dudu debochou da situação e lhe deu uma mordida.
"O menino falou: "ah, ela está marrenta é?". E foi a hora que ele me deu uma mordida no meu peito. E eu só empurrei ele. Como doeu muito, ardeu muito, eu só comecei a chorar", disse.
O caso foi registrado na 4ª DP (Praça da República) e, segundo o Boletim de Ocorrência, os suspeitos agrediram e ofenderam a mulher após a recusa dela a ter relações com os três jogadores.
A mulher, que é mãe de duas filhas, assumiu que a situação a traumatizou e que, após ter se tornado uma vítima, vai alertar as duas crianças a tomarem mais cuidado.
"É assustador, a gente sente várias emoções. A gente sente medo, eu não esperava que isso ia acontecer. Eu sempre vou lembrar... minhas filhas vão crescer e eu sempre vou falar: "aconteceu isso com a mamãe. Tomem cuidado."
De acordo com a Polícia Militar, agentes acompanharam a vítima para um atendimento no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, onde ela recebeu uma medicação contraceptiva e contra HIV. Logo após a medicação, a mulher foi encaminhada para os exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Os três jogadores devem prestar depoimento ainda está semana em São Paulo, para onde voltaram após as comemorações. O clube paulista rescindiu o contrato do atleta Delgado, enquanto Eduardo e João Diogo foram punidos disciplinarmente.
Em nota, o Botafogo informou que tomou ciência das denúncias contra os atletas e revelou que os três deixaram a concentração a 1h de segunda-feira, logo após a chegada da delegação na cidade do Rio, sem autorização, devido ao voo de volta marcado para o início da manhã.
A equipe de reportagem não conseguiu contactar a defesa dos jogadores até a publicação desta matéria.
Veja na íntegra a nota do Botafogo (SP)
"O Botafogo informa que tomou ciência da denúncia contra os atletas Lucas Delgado, João Diogo e Eduardo Hatamoto, que são acusados de agressões físicas e verbais a uma mulher no Rio de Janeiro na madrugada do dia 26/09.
Os três jogadores deixaram a concentração por volta da 1h de segunda-feira, logo após a delegação chegar ao Rio de Janeiro. A saída dos atletas, no entanto, não estava liberada, já que o voo de retorno para Ribeirão Preto estava agendado para o início da manhã.
Nesta tarde, após conversa entre as partes, o atacante Lucas Delgado já teve o seu contrato rescindido. Eduardo Hatamoto e João Diogo também foram punidos por infração disciplinar. O Botafogo também informa que aguardará a conclusão das investigações para decidir quais outras atitudes serão tomadas sobre os dois atletas.
O Botafogo reafirma publicamente seu repúdio a toda e qualquer forma de violência e de assédio, especialmente contra as mulheres, e contribuirá na apuração dos fatos e responsabilidades."
Veja na íntegra a nota do Botafogo (SP)
"O Botafogo informa que tomou ciência da denúncia contra os atletas Lucas Delgado, João Diogo e Eduardo Hatamoto, que são acusados de agressões físicas e verbais a uma mulher no Rio de Janeiro na madrugada do dia 26/09.
Os três jogadores deixaram a concentração por volta da 1h de segunda-feira, logo após a delegação chegar ao Rio de Janeiro. A saída dos atletas, no entanto, não estava liberada, já que o voo de retorno para Ribeirão Preto estava agendado para o início da manhã.
Nesta tarde, após conversa entre as partes, o atacante Lucas Delgado já teve o seu contrato rescindido. Eduardo Hatamoto e João Diogo também foram punidos por infração disciplinar. O Botafogo também informa que aguardará a conclusão das investigações para decidir quais outras atitudes serão tomadas sobre os dois atletas.
O Botafogo reafirma publicamente seu repúdio a toda e qualquer forma de violência e de assédio, especialmente contra as mulheres, e contribuirá na apuração dos fatos e responsabilidades."
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