Publicado 11/10/2022 19:38 | Atualizado 11/10/2022 20:16
Rio - A Justiça do Rio condenou a 76 anos e oito meses de prisão o policial militar Ronald Alves de Paula, apontado como ex-chefe de milícia na Muzema, na Zona Oeste do Rio. Conhecido como Major Ronald, ele foi julgado por quatro homicídios e ocultação do cadáver de uma das vítimas.
Ronald foi preso em 2019, alvo da Operação Intocáveis, do Ministério Público e da Polícia Civil. A ação investigava a prática de crime de grilagem de terras, agiotagem, extorsão e pela venda de imóveis construídos de forma ilegal em comunidades de Rio das Pedras, Muzema e outras da região.
"As penas corporais, somadas, totalizam setenta e seis anos e oito meses de reclusão e as de multa, 15 dias-multa com base no coeficiente mínimo legal. Regime de cumprimento de pena: tendo em vista a pena aplicada fixo o regime fechado para o seu cumprimento", diz o juiz Adriano loureiro Binato, em uma
Segundo a decisão, as penas são vinculadas a quatro mortes que ocorreram em 2003, na casa de shows Via Show, em Vilar dos Teles. À época, o PM era capitão da PM e chefe do 22º BPM (Maré).
As vítimas, identificadas como Geraldo Santanna de Azevedo Junior, de 21 anos, Bruno Muniz Paulino, de 20 anos, Rafael Medina Paulino, de 18 anos, e Renan Medina Paulino, de 13 anos, foram sequestradas e mortas após se envolverem em uma confusão no interior da casa de shows.
As vítimas, identificadas como Geraldo Santanna de Azevedo Junior, de 21 anos, Bruno Muniz Paulino, de 20 anos, Rafael Medina Paulino, de 18 anos, e Renan Medina Paulino, de 13 anos, foram sequestradas e mortas após se envolverem em uma confusão no interior da casa de shows.
De acordo com as investigações, antes de serem mortos, cada um com três tiros de fuzil na cabeça, eles ainda passaram por uma série de torturas. Nove policiais envolvidos no caso foram acusados pelas mortes, mas o major seguia impune.
Assim que voltou ser preso, na ação contra a milícia da Muzema, o caso envolvendo o major voltou a ser analisado pela 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, que avançou na tramitação. O agora condenado seguirá preso no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para onde foi transferido em 2019.
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