Publicado 16/10/2022 15:54
Rio - O policiamento ostensivo do 9º BPM (Rocha Miranda) precisou ser reforçado no Morro do Fubá, entre os bairros Cascadura e Campinho, na Zona Norte do Rio, neste domingo (16) , após um intenso tiroteio que assustou moradores neste sábado (15). A comunidade vive uma rotina de violência há meses, por conta da disputa entre traficantes e milicianos pelo controle da região.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) atuaram na comunidade, neste sábado (15), devido às movimentações criminosas e os confrontos entre grupos criminosos rivais que vêm acontecendo na região. Houve ainda confronto com equipes policiais na área de mata. Apesar disso, não foram realizadas prisões e apreensões, assim como não houve relatos de feridos.
Por volta das 16h30 deste sábado (15) moradores relataram nas redes sociais o intenso tiroteio na comunidade que durou horas. Em vídeos publicados é possível ouvir as sequências de rajadas de tiros.
Por volta das 16h30 deste sábado (15) moradores relataram nas redes sociais o intenso tiroteio na comunidade que durou horas. Em vídeos publicados é possível ouvir as sequências de rajadas de tiros.
A comunidade era chefiada pela milícia do 'Tico e Teco', comandada por Leonardo Luccas Pereira, o 'Leleo' ou 'Teco', mas foi invadida pelo Comando Vermelho, em janeiro deste ano, liderado pelo gerente do Morro do 18, Rafael Cardoso do Valle, o 'Baby', depois que as milícias dos morros do Campinho e do Fubá foram traídas por um ex-integrante. Agora, os traficantes dominam a parte alta da comunidade, mas a parte baixa segue sendo comandada pelos paramilitares.
Desde então, os criminosos promovem uma guerra pelo controle total da região. Além disso, comerciantes e quem vive na região ainda sofrem com a cobrança ilegal de uma taxa de segurança no valor de R$ 50 por milicianos, com pagamento via Pix. No interior da comunidade, que passou a ser chamada de "Fubaquistão" pelos moradores, uma faixa chegou a ser estendida para denunciar a situação que, segundo os residentes, estaria sendo acobertada por policiais militares que atuam na área desde a morte do turista americano. Ainda na comunidade, há placas com serviço ilegal de cobrança de TV por assinatura e internet impostas pela milícia.
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