Publicado 17/10/2022 18:37
Rio – O ex-prefeito de Itaboraí, Sérgio Alberto Soares, teve seus bens sequestrados por determinação da Justiça do Estado do Rio, no último dia 7. Isso quer dizer que os bens estão bloqueados para que não sejam movimentados. O Ministério Público (MPRJ), autor da denúncia, alega que Soares recebeu propina e uma mansão, em Camboinhas, Niterói, na Região Metropolitana, para fiscalizar o transporte clandestino na cidade. Além dele, o advogado Eraldo Jorge de Oliveira e o seu filho Sérgio Roberto Schiavini Soares também foram atingidos pela decisão.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime organizado (Gaeco), as investigações tiveram início a partir da delação premiada do empresário Marcelo Traça Gonçalves. Traça teria dito, na época, que "o problema do transporte clandestino em Itaboraí era muito forte" e que, depois de eleito, num mandato entre os anos de 2009 a 2012, "antes do início do mandato [de Soares], houve uma procura por parte do sindicato, por causa da dificuldade em relação ao transporte clandestino em Itaboraí". Ainda de acordo com a delação do empresário, o ex-prefeito "se submeteu às exigências porque a repressão ao transporte clandestino tem influência nos resultados das empresas de ônibus".
Soares, então, aceitou exercer essa função, que já era dever seu devido ao cargo que ocupava, em troca do recebimento de propina no valor de R$ 40 mil por mês, em espécie, quantia que era levada por Traça à Prefeitura ou retirada pelo ex-prefeito nas sedes das empresas.
Ainda de acordo com o MP, Soares ainda teria pedido ao empresário que parte da propina fosse convertida em uma mansão. Na época, o valor da casa foi de R$ 1 milhão e 250 mil. Foi feito o pagamento do sinal de R$ 125 mil e, após o sinal, foram pagas seis parcelas de R$ 54 mil, sete parcelas de R$ 100 mil e uma parcela de R$ 101 mil.
O imóvel foi registrado em nome da empresa de seu amigo e advogado Eraldo Jorge, para dissimular a origem do imóvel. A casa foi vendida, tendo a empresa de Soares e do seu filho, Sérgio Roberto, recebido salas comerciais como parte do pagamento.
A denúncia dá conta ainda de que Sérgio Soares era o líder do grupo, cuidando de todo o funcionamento da atividade. Era ele quem determinava as funções dos outros denunciados e quem dava a última palavra.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime organizado (Gaeco), as investigações tiveram início a partir da delação premiada do empresário Marcelo Traça Gonçalves. Traça teria dito, na época, que "o problema do transporte clandestino em Itaboraí era muito forte" e que, depois de eleito, num mandato entre os anos de 2009 a 2012, "antes do início do mandato [de Soares], houve uma procura por parte do sindicato, por causa da dificuldade em relação ao transporte clandestino em Itaboraí". Ainda de acordo com a delação do empresário, o ex-prefeito "se submeteu às exigências porque a repressão ao transporte clandestino tem influência nos resultados das empresas de ônibus".
Soares, então, aceitou exercer essa função, que já era dever seu devido ao cargo que ocupava, em troca do recebimento de propina no valor de R$ 40 mil por mês, em espécie, quantia que era levada por Traça à Prefeitura ou retirada pelo ex-prefeito nas sedes das empresas.
Ainda de acordo com o MP, Soares ainda teria pedido ao empresário que parte da propina fosse convertida em uma mansão. Na época, o valor da casa foi de R$ 1 milhão e 250 mil. Foi feito o pagamento do sinal de R$ 125 mil e, após o sinal, foram pagas seis parcelas de R$ 54 mil, sete parcelas de R$ 100 mil e uma parcela de R$ 101 mil.
O imóvel foi registrado em nome da empresa de seu amigo e advogado Eraldo Jorge, para dissimular a origem do imóvel. A casa foi vendida, tendo a empresa de Soares e do seu filho, Sérgio Roberto, recebido salas comerciais como parte do pagamento.
A denúncia dá conta ainda de que Sérgio Soares era o líder do grupo, cuidando de todo o funcionamento da atividade. Era ele quem determinava as funções dos outros denunciados e quem dava a última palavra.
Sérgio Alberto Soares já foi prefeito de Itaboraí três vezes, a última em 2009. Em 2012, Soares tentou a reeleição, mas não se reelegeu. Ele também foi duas vezes deputado estadual. Na última eleição, Sérgio Soares concorreu ao cargo de deputado federal pelo PSD, mas teve o registro da candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER). À Justiça Eleitoral, o ex-prefeito declarou ter R$ 210.396,99.
O juiz Marcello Rubioli determinou o sequesto de ativos financeiros, imóveis ou veículos até o valor de R$ 4 milhões, além de determinar o bloqueio de contas e bens. Sérgio Soares, Sérgio Roberto e Eraldo Jorge foram denunciados por corrupção e associação criminosa constituída para a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
O juiz Marcello Rubioli determinou o sequesto de ativos financeiros, imóveis ou veículos até o valor de R$ 4 milhões, além de determinar o bloqueio de contas e bens. Sérgio Soares, Sérgio Roberto e Eraldo Jorge foram denunciados por corrupção e associação criminosa constituída para a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
Em resposta, a Prefeitura de Itaboraí informou que "os fatos são relativos a uma gestão passada" e que está à disposição da Justiça para prestar informações e apresentar quaisquer documentos que forem solicitados.
O DIA também tentou contato com os acusados, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para qualquer tipo de manifestação.
Em outubro de 2020, o DIA publicou que em um comício do atual prefeito de município de Itaboraí (à época candidato), Marcelo Delaroli, e de seu vice Lourival Casula, transmitido ao vivo pelo Facebook, Delaroli fez acusações ao ex-gestor Sadinoel Souza e a Sérgio Soares, exibindo ao público documentos de uma delação premiada.
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