Publicado 23/10/2022 14:13
Rio - O corpo do empresário Gilberto Monteiro da Silva Junior, de 34 anos, foi enterrado na tarde deste domingo (23) no Jardim da Saudade Paciência, na Zona Oeste do Rio. Familiares e amigos estiveram presentes para se despedir.
Em conversa informal, uma pessoa muito próxima do empresário afirmou que o sentimento da família é de absoluta tristeza, até de revolta pelo ocorrido, mas que a Justiça, a punição dos envolvidos, é algo que, no momento, fica quase que em segundo plano, porque nada vai trazer de volta. Os familiares suspeitam que tenha sido um assalto, já que sumiram diversos pertences da vítima.
"Eu acredito na Justiça divina, porque a terrena, se não prenderem os autores ou até se prenderem, nada vai fazer com que essa vida linda e cheia de sonhos do Gilberto", desabafou.
"Eu acredito na Justiça divina, porque a terrena, se não prenderem os autores ou até se prenderem, nada vai fazer com que essa vida linda e cheia de sonhos do Gilberto", desabafou.
"Ele era uma criança. Ele serviu junto com meu filho, vivia na minha casa. A gente sempre se divertia, brincava. É meu filho que perdi. Uma criança grande, uma pessoa muito especial, vai fazer muita falta. É mais uma tragédia no Rio de Janeiro", lamentou Selma Furtado, amiga da vítima.
O cantor Fagner de Macedo, conhecido como MC TK, trabalhava com Gilberto. Abalado, ele contou sobre o convívio com o amigo e a importância do empresário em sua carreira.
"[O convívio] Era maravilhoso, ele era muito resmunguento, reclamava de tudo. Mas era um anjo. Eu ia lançar um álbum dia 25, que ele já programou, já está tudo pronto. Só faltava chegar o dia. Ele estava muito animado. Em outro tempo, lá atrás, quando a grana ainda era curta, ele foi meu produtor e hoje ele era meu empresário. Vou adiar o lançamento para outra data, vou respeitar o tempo e o luto porque ele merece. Ele foi a única pessoa que acreditou em mim quando ninguém mais acreditava", explicou.
Gilberto foi morto a tiros na madrugada deste sábado no Centro de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Uma testemunha que se identificou como agente da Degase informou que ele foi baleado por criminosos logo após deixar uma boate. O agente entrou em confronto com os criminosos que conseguiram fugir do local.
Agentes do 21º BPM (São João de Meriti) ouviram os disparos e encontraram o homem caído. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Os policiais realizaram perícia e buscam por imagens que ajudem a identificar a autoria e a motivação do crime.
Gilberto era de Nova Iguaçu e serviu como paraquedista do exército. Ele deixa dois filhos, de 12 e 5 anos.
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