Publicado 03/11/2022 19:13
Rio – A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) deve votar na próxima quinta-feira (10), em uma reunião do Conselho Universitário (Consuni), o novo projeto do Canecão. A proposta que definirá o futuro do local, que fica em Botafogo, na Zona Sul, foi apresentada em agosto desse ano à comunidade acadêmica e mais uma vez debatida no Consuni desta quinta (3).
A ideia é que o antigo canecão seja demolido para a construção de um Equipamento Cultural Multiuso (ECM), com espaço flexível, que vai desde apresentações teatrais à shows de rock, com capacidade para até 3.800 pessoas de pé. A previsão é que a licitação ocorra ainda em dezembro deste ano, embora a etapa dependa de outras, como a aprovação do projeto no Consuni. As obras devem ser concluídas em 2024.
A Universidade também poderá utilizar o espaço por alguns dias durante o ano para apresentação de espetáculos, formaturas e até congressos, além de salas destinadas a ensaios, apresentações ou exposições da universidade. O novo projeto também prevê um painel de 23 metros com artes do cartunista Ziraldo.
O modelo de cessão de ativos e contrapartidas não financeiras foi pensado ainda na gestão anterior, do ex-reitor Roberto Leher, que contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2018. A gestão atual mudou o projeto original após receber os estudos preliminares em 2020. Além disso, a UFRJ não assumirá risco de negócio, ou seja, não terá o seu orçamento aplicado para a concretização do ECM.
Além do ECM, o Projeto de Valorização do Patrimônio da UFRJ, como foi nomeado, prevê também a permuta das unidades do Ventura Corporate Towers, pela conclusão de mais de 70 mil metros quadrados em diversas infraestruturas, bem como a construção de novos prédios acadêmicos, entre eles um restaurante universitário, com capacidade para oferecer cerca de 2 mil refeições por dia.
A importância do Canecão
A Universidade também poderá utilizar o espaço por alguns dias durante o ano para apresentação de espetáculos, formaturas e até congressos, além de salas destinadas a ensaios, apresentações ou exposições da universidade. O novo projeto também prevê um painel de 23 metros com artes do cartunista Ziraldo.
O modelo de cessão de ativos e contrapartidas não financeiras foi pensado ainda na gestão anterior, do ex-reitor Roberto Leher, que contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2018. A gestão atual mudou o projeto original após receber os estudos preliminares em 2020. Além disso, a UFRJ não assumirá risco de negócio, ou seja, não terá o seu orçamento aplicado para a concretização do ECM.
Além do ECM, o Projeto de Valorização do Patrimônio da UFRJ, como foi nomeado, prevê também a permuta das unidades do Ventura Corporate Towers, pela conclusão de mais de 70 mil metros quadrados em diversas infraestruturas, bem como a construção de novos prédios acadêmicos, entre eles um restaurante universitário, com capacidade para oferecer cerca de 2 mil refeições por dia.
A importância do Canecão
O Canecão foi inaugurado em junho de 1967 como uma cervejaria, pelo empresário Mário Priolli. A mudança para casa de espetáculos veio dois anos depois, com o show da cantora Maysa, dirigido por Bibi Ferreira. De lá pra cá, estabeleceu-se uma briga judicial de quase 40 anos entre o empresário e a UFRJ, que recebeu o terrenos da União nos anos 1960 e alegava o não pagamento do aluguel por parte de Priolli.
Em 2010, a universidade conseguiu a reintegração de posse do espaço. O Canecão chegou a ser cedido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas, sem recursos para promover sua reforma, acabou retornando para a UFRJ. Desde então, ele permanece fechado.
Pelos palcos do Canecão, já passaram artistas nacionais e internacionais e nomes consagrados da nossa música. Embalado por artistas da Música Popular Brasileira, o público já prestigiou shows de Maysa, Tom Jobim, Toquinho, Vinícius de Moraes, Elza Soares e outros. Uma das grandes histórias envolve o cantor Elymar Santos, que vendeu seu apartamento e carro para conseguir alugar o espaço e se apresentar. Além disso, grandes nomes do rock nacional nos anos de 1980 fizeram shows memoráveis, como Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawaii e Barão Vermelho.
Em 2010, a universidade conseguiu a reintegração de posse do espaço. O Canecão chegou a ser cedido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas, sem recursos para promover sua reforma, acabou retornando para a UFRJ. Desde então, ele permanece fechado.
Pelos palcos do Canecão, já passaram artistas nacionais e internacionais e nomes consagrados da nossa música. Embalado por artistas da Música Popular Brasileira, o público já prestigiou shows de Maysa, Tom Jobim, Toquinho, Vinícius de Moraes, Elza Soares e outros. Uma das grandes histórias envolve o cantor Elymar Santos, que vendeu seu apartamento e carro para conseguir alugar o espaço e se apresentar. Além disso, grandes nomes do rock nacional nos anos de 1980 fizeram shows memoráveis, como Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawaii e Barão Vermelho.
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