Publicado 14/11/2022 21:50
Rio - O especialista em gerenciamento de risco Gerardo Portela, em entrevista para a Globonews, informou, nesta segunda-feira (14), que a ponte Rio-Niterói só deve ser reaberta após uma avaliação criteriosa dos possíveis danos causados pela colisão de um navio à estrutura. De acordo com Gerardo, o bloqueio pode durar horas ou dias, dependendo da análise técnica.
"Creio que tenha sido um choque que possa ter sido bem suportado pela estrutura, porém, podem ter havido danos e esses danos precisam ser apurados", explicou. Gerardo ressaltou ainda que isso vai causar um impacto de médio e longo prazo no acesso ao Rio de Janeiro, Niterói, além do acesso de embarcações, uma vez que se houver algum risco de desabamento ou de danos estruturais na ponte, navios não poderão transitar.
Portela informou que acredita-se que possa se tratar de um graneleiro mal fundeado na Baía de Guanabara. Ou seja, um navio que estava há muito tempo abandonado no local. Ele explica que algumas operadoras podem mapear locais no mundo onde possam se livrar das embarcações que já não são mais de interesse comercial nem como sucata.
O especialista reforçou a importância da Marinha do Brasil e de todas as autoridades que monitoram essas ilicitudes, solucionarem de forma mais eficaz as irregularidades para evitar acidentes como esse.
Gerardo ainda afirmou ser "inimaginável" que o navio tenha alcançado a estrutura. "A ponte possui, nos seus pilares, defesas, que são outros pilares construídos ao redor do pilar principal que sustenta a estrutura da ponte. Mas, nesse caso, pelas imagens que a gente viu, eles foram de alguma forma vencidos, possibilitando a colisão mesmo com a pista, com a parte principal da ponte", explicou.
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