Cabo Jonas (à esquerda) matou o sargento Sandro (à direta) com um tiro no peitoReprodução
Publicado 16/11/2022 22:16

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Rio – O corpo do sargento da Polícia Militar Sandro Rocha será enterrado nesta quinta-feira (17), às 13h, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. O homem foi morto com um tiro no peito, nesta terça-feira (15), por um colega de farda da corporação, o cabo Jonas Barreto Santos, após uma desavença em um bar de um condomínio residencial em Irajá.

A vítima morreu dentro do bar do condomínio Hannibal Porto e o PM foi preso em flagrante. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e para a Corregedoria da corporação. Em nota, a Polícia Civil informou que Jonas Barreto foi levado para a especializada e autuado em flagrante por homicídio.
"A perícia foi feita no local e diligências estão em andamento para esclarecer a motivação do crime", completou.

O cabo Jonas, que é lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), passou a noite de terça-feira (15) na especializada e seguiu para o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar (BEP), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na manhã desta quarta-feira (16). O corpo do sargento, que atuava no 41º BPM (Irajá), foi então levado para o Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto.

Câmeras registram momento em que PM mata colega de farda em bar de condomínio da Zona Norte

Câmeras de segurança registraram o momento em que o policial militar Jonas Barreto Santos matou a tiros o colega de farda, Sandro da Rocha Mariano. Toda a ação durou menos de 15 segundos e a vítima não resistiu aos ferimentos, morrendo no local.
Nas imagens, é possível ver o cabo Jonas, que está com uma camisa de manga preta, entrando no bar e caminhando em direção à vítima, que está sentada junto com a esposa, o filho de 3 anos e uma tia. Em seguida, o PM se aproxima, fala algo rapidamente, e atira à queima roupa no peito do sargento Sandro, que morre na hora. No momento do disparo, pessoas que estavam no estabelecimento correm assustadas. Confira abaixo.

A morte do sargento pelo cabo pode ter sido provocada por uma desavença que ocorreu há três anos entre eles, segundo a esposa da vítima, a consultora bancária Juliana Silva. Na ocasião, o cachorro da mulher de Jonas avançou sobre ela, que estava com o filho, um bebê de colo à época. Na tentativa de evitar um ataque, Sandro teria colocado o pé na frente do animal, momento em que Rafaela, como foi identificada, passou a xingá-lo. Houve uma discussão entre eles, o filho do PM o chamou, e ele também brigou com o sargento, mas não houve agressão.
Após a discussão, os policiais militares já haviam se encontrado outras vezes, mas nunca voltaram a brigar. Ambos sabiam que eram PMs e não trabalhavam juntos. Ainda segundo Juliana, Jonas não mora, mas estava frequentemente no condomínio. Na noite do crime, ela afirmou acreditar que esposa dele estava em uma festa no local e chegou a comentar com o marido que a mulher estava olhando de forma estranha para a mesa deles.

Nesse momento, a vítima teria dito para a consultora não dar importância, já que a desavença entre eles ocorreu há muito tempo. Cerca de 40 minutos depois, o cabo entrou no bar e atirou contra Sandro. A vítima deixa a mulher, um filho de 3 anos e outros dois adultos.

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