Publicado 18/11/2022 20:51 | Atualizado 18/11/2022 22:52
Rio - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicou, nesta quinta-feira (17), uma determinação para que os cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) sejam interrogados. José Gomes Graciosa, Aloysio Neves, Domingos Brazão, José Maurício de Lima Nolasco e Marco Antonio Barbosa de Alencar são réus por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
"Incluída a inquirição das testemunhas indicadas pelas partes, determino a expedição de carta de ordem ao TRF2 a fim de proceder ao interrogatório dos acusados", determinou a relatora do processo Maria Isabel Galotti.
Até o momento, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) ainda não definiu uma data para o interrogatório. Os cinco conselheiros são investigados desde 2017 e se tornaram réus pelos crimes mencionados acima em 2019.
Afastados, mas ainda recebem salário
Mesmo afastados há cinco anos, os cinco conselheiros continuam recebendo os salários. Aloysio Neves, por exemplo, teria recebido R$ 2,3 milhões de dinheiro público neste período. Afastado do cargo por suspeita de envolvimento com corrupção, Neves se aposentou em fevereiro deste ano, ao completar 75 anos. Sem prestar serviço à população, o conselheiro recebia R$ 42.442,28 por mês de trabalho. Após a aposentadoria, segundo o RJ2, Aloysio recebe R$ 36,3 mil por mês.
Ainda de acordo com o RJ2, Domingos Brazão acumulou R$ 2.538.891,64 entre o período que foi afastado e atualmente. Nolasco, Alencar e Graciosa, custaram aos cofres públicos, mesmo sem exercer suas funções, o valor de R$ 3,5 milhões.
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