Publicado 21/11/2022 14:18 | Atualizado 21/11/2022 15:22
Rio – Na expectativa para a realização da 27ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio – suspensa por dois anos devido à pandemia –, o projeto Vozes da Diversidade, tradicional atividade da programação da Parada, prestará um tributo a Gal Costa e Jane Di Castro, na próxima quarta-feira (23), a partir das 18h, no Teatro Municipal Café Pequeno, no Leblon. A organização é da ONG Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da Coordenação Executiva da Diversidade Sexual. A entrada é franca.
Gal Costa e Jane Di Castro serão homenageadas e eternizadas através das vozes de 14 cantoras e cantores do estado, todos da comunidade LGBTQIA+. No repertório, estão inclusas as músicas clássicas, que prometem emocionar o público: "Divino Maravilhoso", "Chuva de Prata", "Balancê", "Festa do Interior", "Balada do Louco", "Talismã", além de outras canções que marcaram a carreira das artistas.
Gal Costa e Jane Di Castro serão homenageadas e eternizadas através das vozes de 14 cantoras e cantores do estado, todos da comunidade LGBTQIA+. No repertório, estão inclusas as músicas clássicas, que prometem emocionar o público: "Divino Maravilhoso", "Chuva de Prata", "Balancê", "Festa do Interior", "Balada do Louco", "Talismã", além de outras canções que marcaram a carreira das artistas.
"Para nós é muito gratificante contribuir para a ocupação de espaços públicos e apresentação de artistas da comunidade. O Vozes da Diversidade completa dez anos com essa iniciativa de fortalecer a visibilidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na cena cultural, reunindo talentos de várias cidades do Rio de Janeiro", explicou Elza Ribeiro, ativista do Grupo Arco-Íris e uma das cantoras responsáveis pela curadoria, roteiro e direção, junto com a cantora Nana Kozak e o cantor Verdec.
O espetáculo também terá uma cenografia especial, desenvolvida pelas alunas do projeto Escola de Divines. Já o corpo dos artistas é formado por Custódio, Emira Ramos, Havann, Jorruan, Lucas de Castro, Lugh, Maira Garrido, Kibba, Pérola Kênia, Roberta Nistra, Zeza, Taís Feijão, além da própria Elza, Nana e do Verdec – cada um se apresentará com duas canções do repertório das homenageadas. Todos foram selecionados por meio de edital lançado pela ONG, que avaliou os materiais autorais dos inscritos, considerando timbre, afinação e talento artístico.
"Estamos muito felizes com o resultado da seleção de cantores da comunidade LGBTI para se apresentarem tanto no nosso projeto Vozes da Diversidade, como também na Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio. Temos tantos talentos nos subúrbios e cidades do Rio. Precisamos de iniciativas para dar mais visibilidade e oportunidade a esses cantores periféricos de mostrarem seus trabalhos. Vamos cantar para espantar o preconceito e a discriminação e celebrar a liberdade e o amor", afirmou Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e idealizador da chamada pública de cantores.
A programação da Semana do Orgulho segue no domingo (27), com a 27ª edição da Parada do Orgulho LGBTQI+, onde milhares de pessoas se reunirão, a partir das 11h, no posto 5 de Copacabana, para defender a liberdade e o amor, e se encerra com o Prêmio Arco-Íris de Direitos Humanos, na primeira semana de dezembro, no Teatro Ipanema.
Forças da natureza: Gal Costa e Jane Di Castro
Gal Costa era a musa dos anos 1970 e do movimento tropicalista. Sua ousadia e originalidade marcaram toda uma geração. Gal se destacava por seus modelitos, que transitavam por vários estilos: desde o hippie dos anos 1960, passando pelos looks justíssimos da época da Tropicália.
A icônica tanga que usou no disco "Índia", de 1973, virou um símbolo de transgressão. Os cabelos volumosos e o batom vermelho se tornaram sua marca registrada.
Uma das maiores vozes da música popular brasileira morreu no início deste mês, aos 77 anos, em São Paulo.
A carioca Jane Di Castro era cantora, artista performática e embaixadora do turismo no Rio de Janeiro. Foi uma das defensoras na luta dos direitos da comunidade LGBTQI+. Ao lado de grandes nomes da cena gay como Rogéria e Camille K, estreou o espetáculo 'Divinas Divas', que relembrava a trajetória de travestis e transformistas de Copacabana, em 2004. O espetáculo ficou em cartaz durante dez anos.
A artista morreu em outubro de 2020, vítima de um câncer no fígado.
A icônica tanga que usou no disco "Índia", de 1973, virou um símbolo de transgressão. Os cabelos volumosos e o batom vermelho se tornaram sua marca registrada.
Uma das maiores vozes da música popular brasileira morreu no início deste mês, aos 77 anos, em São Paulo.
A carioca Jane Di Castro era cantora, artista performática e embaixadora do turismo no Rio de Janeiro. Foi uma das defensoras na luta dos direitos da comunidade LGBTQI+. Ao lado de grandes nomes da cena gay como Rogéria e Camille K, estreou o espetáculo 'Divinas Divas', que relembrava a trajetória de travestis e transformistas de Copacabana, em 2004. O espetáculo ficou em cartaz durante dez anos.
A artista morreu em outubro de 2020, vítima de um câncer no fígado.
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