Publicado 21/11/2022 15:36
Rio - Moradores do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, ainda não conseguiram retomar a rotina depois de um fim de semana de confrontos que deixou um morto e seis baleados na comunidade. Nesta segunda-feira (21), o Centro Municipal de Saúde Renato Rocco e a Clínica da Família Anthidio Dias da Silveira, localizadas na região do Jacarezinho, acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e pacientes, interromperam o funcionamento. Outras nove escolas da rede municipal de ensino operam no sistema remoto em decorrência de operações policiais em andamento na comunidade. As informações foram repassadas pela Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Educação do Rio.
Nas redes sociais, um morador fez uma denúncia sobre possíveis abusos de autoridade por parte da Polícia Militar. Em uma das mensagens, ele diz que teve o celular revistado por agentes sem que fosse apresentado ordem judicial.
Moradores tentaram organizar, na tarde desta segunda-feira (21), um protesto na comunidade contra a violência, mas o ato aconteceu timidamente, sem grande repercussão, comparado com o protesto realizado no domingo (20). Na ocasião, a Avenida Leopoldo Bulhões ficou interditada em ambos os sentidos por duas horas, no trecho entre a Linha Amarela e o bairro Benfica.
Policiamento reforçado
Na madrugada desta segunda-feira, um veículo blindado do Batalhão de Polícia de Choque (BPCHq) esteve posicionado na localidade conhecida como Pontilhão, no Jacarezinho. Mesmo com a presença dos agentes, a PM afirmou que não houve ocorrência de confronto envolvendo suas equipes.
Ainda nesta segunda (21), o secretário da Polícia Militar, o Coronel Henrique Pires convocou uma reunião estratégica com os comandantes de unidades envolvidas nas operações para alinhar ações operacionais para a Comunidade do Jacarezinho e região.
Fim de semana no Jacarezinho
Equipes da Polícia Militar realizaram, na tarde deste domingo (20), uma operação na comunidade do Jacarezinho, Manguinhos e do Mandela, na Zona Norte do Rio. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, o tiroteio entre policiais e traficantes deixou seis pessoas baleadas e um morto.
De acordo com a plataforma, os tiroteios se iniciaram às 14h41, mas foram interrompidos. Pouco depois, moradores relataram, às 16h02, o retorno do confronto. Segundo moradores da comunidade do Mandela, dois adolescentes de 13 anos estão entre as vítimas. Todos eles foram levados para a UPA de Manguinhos.
A Secretaria de Saúde informou que a UPA Manguinhos recebeu seis pacientes baleados neste domingo. Um dos feridos precisou ser transferido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste. Ainda de acordo com a pasta, todos já receberam alta médica. Uma das vítimas já chegou morta à unidade de saúde da Zona Norte.
De acordo com a plataforma, os tiroteios se iniciaram às 14h41, mas foram interrompidos. Pouco depois, moradores relataram, às 16h02, o retorno do confronto. Segundo moradores da comunidade do Mandela, dois adolescentes de 13 anos estão entre as vítimas. Todos eles foram levados para a UPA de Manguinhos.
A Secretaria de Saúde informou que a UPA Manguinhos recebeu seis pacientes baleados neste domingo. Um dos feridos precisou ser transferido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste. Ainda de acordo com a pasta, todos já receberam alta médica. Uma das vítimas já chegou morta à unidade de saúde da Zona Norte.
Ainda segundo a corporação, a ação resultou na apreensão de drogas, carregadores de pistola e outros materiais por policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC) na comunidade do Jacarezinho.
Procurada, a PM ainda não respondeu sobre a denúncia de possíveis abusos de autoridade no interior da comunidade, nesta segunda-feira (21).
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