O médico cirurgião Bolivar Guerrero foi preso em julho acusado de manter Daiana em cárcere privado no Hospital Santa Branca Reginaldo Pimenta/Agência O Dia
Publicado 21/11/2022 19:10 | Atualizado 21/11/2022 19:12
Rio - A paciente Daiana Chaves Cavalcanti, de 36 anos, que estava internada há cinco meses após ser vítima de um erro do médico equatoriano Bolívar Guerrero depois de abdominoplastia mal sucedida, recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira (21). A informação foi confirmada pela defesa da mulher.
Daiana realizou uma abdominoplastia no início de março deste ano e precisou voltar em junho para se submeter a mais três intervenções. Porém, no retorno, o procedimento apresentou problemas e ela teve complicações com um dos pontos da barriga necrosado. A mulher, no entanto, segundo denúncias, estaria sendo forçada a permanecer internada no hospital particular Santa Branca e acusou o médico equatoriano de cárcere privado.
Após denúncias de familiares, policiais civis foram até o local e requisitaram prontuários da vítima, o que não foi atendido pela unidade. Na mesma visita, os agentes deixaram um aparelho telefônico para contato direto com a paciente, que ligou em seguida pedindo socorro. Assim que retornaram ao local, os agentes encontraram Daiana acordada e chorando. Após o ocorrido, a polícia pediu à Justiça que expedisse o mandado de prisão do médico responsável pelo procedimento e de busca e apreensão de documentos, o que foi cumprido. 
Em julho, Daiana foi transferida do Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, para o Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio e seu estado na época ainda era grave.
Em conversa com o DIA, o advogado da vítima, Ornélio Mota, afirmou que a partir desta segunda (21), Daiana não precisa mais continuar o tratamento no Hospital Federal de Bonsucesso e não corre mais risco de morte. Ele informou ainda que está solicitando na justiça que a clínica e o médico custeiem posteriormente uma cirurgia reparadora na mulher.
Ornélio ressalta que, agora, o que Daiana precisa é continuar os tratamentos psiquiátricos que estavam sendo custeados pela clínica e por Bolívar após decisão judicial, uma vez que por causa do ocorrido, ela teve muitos transtornos e traumas. 
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