Bolívar Guerrero Silva, preso preventivamente, nesta segunda-feira (18), é conduzido por policial civilSandro Vox/Agência O Dia
Polícia prende cirurgião acusado de manter paciente em cárcere privado por quase dois meses
Família denuncia que mulher teve complicações em procedimento de abdominoplastia e clinica a impedia de se transferir para outra unidade
Rio - Um cirurgião plástico acusado de manter uma paciente em cárcere privado foi preso por policiais civis, nesta segunda-feira (18), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A mulher estaria sendo forçada a permanecer internada no hospital particular Santa Branca, que também fica no município da baixada, há quase dois meses.
Segundo registro da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Duque de Caxias, o cirurgião Bolívar Guerrero Silva mantinha a paciente na unidade de saúde após um procedimento estético na barriga dela ter dado errado. A família foi quem procurou a delegacia para falar sobre a situação da mulher.
A paciente realizou uma abdominoplastia no início de março e precisou voltar em junho para se submeter a mais três intervenções. No retorno, contudo, o procedimento apresentou problemas e ela teve complicações com um dos pontos da barriga necrosado.
Os familiares acusam o médico, que administra a clínica de cirurgia plástica, de impedir a mulher de ser transferida da unidade particular para outro hospital.
Impedimento
Após as denúncias, os policias foram até o local e requisitaram prontuários da vítima, o que não foi atendido pela unidade. Na mesma visita, que ocorreu na última sexta-feira (15), os policiais deixaram um aparelho telefônico para contato direto com a paciente.
Horas depois de ir ao local, os policiais receberam um pedido desesperado de socorro da vítima. Ao retornarem para a clínica para entender o que acontecia, os agentes da DEAM Caxias foram recebidos por dois advogados que tentaram, sem sucesso, impedir que eles entrassem no local. Eles afirmavam que a paciente estava sedada.
Assim que entraram no local, os agentes então encontraram a paciente acordada e chorando. Após o ocorrido, a polícia pediu à Justiça que expedisse o mandado de prisão do médico responsável pelo procedimento e de busca e apreensão de documentos. O que foi atendido também na sexta-feira e cumprido nesta segunda.
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