Publicado 08/12/2022 13:38
Rio - O enterro do sargento da Polícia Militar Ângelo Rodrigues de Azevedo, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), reuniu mais de 500 pessoas entre colegas de farda, policiais rodoviários federais, familiares e amigos no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, nesta quinta-feira (8). Ele foi morto no final da tarde desta terça-feira (6) após ser atingido com um tiro na cabeça na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio.
O secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, que também esteve presente no sepultamento, descreveu o sargento como excelente profissional.
“Ele era um excelente profissional, pai de 3 filhos e religioso. Só pela presença aqui hoje no cemitério, de amigos, parentes e companheiros de farda, podemos notar a importância dele pra família, amigos e para PM. É uma perda grande, foi um ataque ao estado, inaceitável, mas um herói que perdemos de forma trágica”, lamentou.
Questionado sobre novas operações após a morte do PM a fim de encontrar os culpados pelo assassinato, o coronel respondeu que a corporação realiza um trabalho de inteligência.
"A crítica faz parte mas não pode parar de trabalhar, precisamos investir na tropa, treinamento, inteligência, aquisição de equipamento e continuar trabalhando para a população. Vamos seguir buscando os elementos que fizeram isso com trabalho de inteligência, que acaba sendo complementado com as operações. Além disso, primeiro precisamos dar uma minimizada na região da Praça Seca, que vem alguns anos com problema, estamos trabalhando pra isso, principalmente com trabalho de inteligência”, explicou.
O secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, que também esteve presente no sepultamento, descreveu o sargento como excelente profissional.
“Ele era um excelente profissional, pai de 3 filhos e religioso. Só pela presença aqui hoje no cemitério, de amigos, parentes e companheiros de farda, podemos notar a importância dele pra família, amigos e para PM. É uma perda grande, foi um ataque ao estado, inaceitável, mas um herói que perdemos de forma trágica”, lamentou.
Questionado sobre novas operações após a morte do PM a fim de encontrar os culpados pelo assassinato, o coronel respondeu que a corporação realiza um trabalho de inteligência.
"A crítica faz parte mas não pode parar de trabalhar, precisamos investir na tropa, treinamento, inteligência, aquisição de equipamento e continuar trabalhando para a população. Vamos seguir buscando os elementos que fizeram isso com trabalho de inteligência, que acaba sendo complementado com as operações. Além disso, primeiro precisamos dar uma minimizada na região da Praça Seca, que vem alguns anos com problema, estamos trabalhando pra isso, principalmente com trabalho de inteligência”, explicou.
Ainda no sepultamento, uma vizinha do PM, a aposentada Geanice do Espírito Leite, contou que viu o sargento crescer e que a notícia foi um susto.
“O Ângelo era uma pessoa maravilhosa, vi nascer, pequenininho, a família dele é excelente, e ele os irmãos foram praticamente criados juntos com minha família. Ele e os irmãos são militares, a gente se espelha na família deles, porque se acontece algo com um todos se envolvem, é uma perda muito grande. Eu soube pelo rádio da notícia, mas foi um choque. eu falei que não era possível, aí fui na casa da minha sobrinha que é mulher do irmão dele e vi que era verdade”, lamentou.
Durante o sepultamento, PMs e PRFs se reuniram, abraçados, formando um cordão em volta do caixão, antes, eles ainda ficaram em fileiras armados, prestando continência. Ângelo Rodrigues de Azevedo, estava na corporação há 22 anos. Ele deixa mulher e três filhos.
Com a morte de 2º SGT/PM Azevedo, sobe para 56 o número de agentes de segurança mortos em ações violentas no Rio de Janeiro, em 2022: 37 da Policia Militar, cinco da Policia Civil, cinco da Marinha do Brasil, dois da Policia Penal (Seap), dois do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (Cbmerj), um da Policia Rodoviária Federal (PRF), um do Departamento Geral de Ações Socioducativas (Degase), um da Guarda Municipal, um da Aeronáutica do Brasil e um do Exército do Brasil.
Homenagens
Agentes da PRF se reuniram e realizaram uma carreata durante a manhã em homenagem ao agente. “Hoje estamos todos reunidos, sensibilizados para fazer a última homenagem ao sargento morto em combate na comunidade Bateau Mouche”, disseram.
Nas redes sociais, amigos também se despediram. “Azevedo, fica em paz, sabendo que tudo que você fez na vida ecoará para sempre na eternidade , e daí de cima olhai por nós que aqui ficamos, nessa guerra chamada Rio de Janeiro . Força e Honra meu amigo”, disse uma amiga.
Operações
Segundo a Polícia Militar, a morte do agente ocorreu após equipes do Bope serem atacadas a tiros na área de mata da comunidade Bateau Mouche, no bairro da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, durante uma ação para reprimir a circulação de criminosos na região. Houve intenso confronto e o policial foi atingido. O sargento Ângelo, de 48 anos, chegou a ser socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a Polícia Militar, a morte do agente ocorreu após equipes do Bope serem atacadas a tiros na área de mata da comunidade Bateau Mouche, no bairro da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, durante uma ação para reprimir a circulação de criminosos na região. Houve intenso confronto e o policial foi atingido. O sargento Ângelo, de 48 anos, chegou a ser socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos.
Um dia após a morte do PM, moradores da região viveram momentos de tensão. Pelo segundo dia seguido, a região foi alvo de operação da Polícia Militar. A ação contou com a participação de blindados e com o sobrevoo do helicóptero da Polícia Militar. Os acessos da comunidade também foram ocupados por viaturas. Na Rua Cândido Benício, por exemplo, que da acesso ao Bateau Mouche, ao longo do dia, circularam várias viaturas do Bope. A movimentação começou logo no início do dia.
De acordo com a PM, militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) atuaram na área de mata do Campinho e da Praça Seca para coibir a circulação de criminosos na região.
De acordo com a PM, militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) atuaram na área de mata do Campinho e da Praça Seca para coibir a circulação de criminosos na região.
O Disque Denúncia divulgou, nesta terça-feira (6), um cartaz que pede informações para ajudar nas investigações do Núcleo de Investigações de Morte de Agentes de Segurança, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), sobre informações que possam levar à identificação e prisão dos envolvidos na morte do 2º Sargento da Policia Militar do Rio de Janeiro Ângelo Rodrigues de Azevedo.
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