Publicado 15/12/2022 13:54
Rio - Três meses depois de ser acusada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) de estelionato por venda de ingressos falsos para o Rock in Rio, Lívia da Silva Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura, se entregou às autoridades e cumpre prisão domiciliar. A informação foi repassada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Nesta quinta-feira (14), o juiz Bruno Vaccari, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, aceitou um pedido da defesa de Lívia solicitando a transformação da prisão preventiva, decretada no dia 4 de setembro, em domiciliar com a justificativa dela ter uma filha de 8 anos deficiente auditiva de grau severo e profundo. A decisão também obriga o uso de tornozeleira eletrônica.
"Analisando o presente feito, verifica-se o cabimento da aplicação da prisão domiciliar à investigada, na medida em que a ré possui uma filha menor, contando com oito anos de idade. Pontue-se aqui que não se trata de delito cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. A investigada deverá recolher-se no endereço indicado por ela nos autos, só podendo ausentar-se do local com autorização judicial", disse o magistrado.
Questionada sobre quando Lívia se entregou, a advogada Mariana Aparício, que faz sua defesa, informou que não passa informações sobre processos judiciais em curso.
Relembre o caso
O juiz Marcello Rubioli, expediu, no dia 4 de setembro, um mandado de prisão preventiva contra a mulher por crimes de estelionato e organização criminosa. Na época, o magistrado classificou a prática de Lívia como danosa para a sociedade.
"Verifica-se que os crimes perpetrados pela investigada causam enorme perplexidade na população geral e local, uma vez que se solta, o sentimento de existência de máquina estatal a impedir o cometimento de tal delito fica extremamente prejudicado. Desta forma, se torna imprescindível a decretação da prisão preventiva do acusado, visando o resguardo da ordem pública, por necessidade da instrução criminal, e ainda, para assegurar a correta aplicação da lei penal", disse em sua decisão.
No inquérito que motivou a prisão, Lívia Moura é apontada como a responsável por um esquema que clonou site do próprio Rock In Rio para vender ingressos falsos. Nos primeiros dias do evento, pelo menos 19 pessoas tentaram acessar às dependências da Cidade do Rock com os bilhetes vendidos pelo site fraudulento atribuído à irmã do ex-jogador. O caso é investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca).
Outro inquérito contra Lívia, que corre na 13ª DP (Ipanema), apura prática parecida em que ela teria comercializado entradas para uma empresa, totalizando um prejuízo de cerca de R$ 20 mil. Nesse caso, os ingressos não chegaram a ser entregues e foram negociados por telefone, direto com o dono da empresa lesada. Parte do valor, inclusive, teria sido pago pessoalmente em espécie para vizinha da acusada. Há ainda outro registro na 41ª DP (Tanque). A investigação da distrital aponta um valor ainda mais alto no golpe, que teria dado prejuízo de R$ 150 mil.
Segundo o Ministério Público do Rio (MPRJ), a 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca pontuam para a fraude contra milhares de pessoas, com estimativa de golpes na casa dos R$ 300 mil. A Polícia Civil esteve na casa da suspeita, na Freguesia, Zona Oeste do Rio, no dia 5 de setembro, mas ela não foi encontrada. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido e, no local, foram apreendidos ingressos verdadeiros e falsos para o festival.
Segundo o Ministério Público do Rio (MPRJ), a 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca pontuam para a fraude contra milhares de pessoas, com estimativa de golpes na casa dos R$ 300 mil. A Polícia Civil esteve na casa da suspeita, na Freguesia, Zona Oeste do Rio, no dia 5 de setembro, mas ela não foi encontrada. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido e, no local, foram apreendidos ingressos verdadeiros e falsos para o festival.
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