Publicado 02/01/2023 09:11
Rio - A Polícia Civil investiga a origem do disparo que atingiu Juan Davi de Souza Faria, de 11 anos, durante a queima de fogos de Réveillon, na madrugada deste domingo (1º), em Mesquita, na Baixada. Segundo relatos de testemunhas, a criança estava na varanda de casa quando foi encontrada ferida e caída no chão logo após a virada do ano. Ele chegou a ser socorrido por familiares à UPA de Edson Passos, mas não resistiu.
A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Testemunhas estão sendo ouvidas e outras diligências estão em andamento para apurar o caso.
Segundo a Polícia Militar, no momento do disparo que atingiu Juan, não havia operação do 20°BPM (Mesquita) na região, e a equipe foi acionada apenas para verificar a entrada de uma vítima de tiro na UPA de Edson Passos.
Nas redes sociais, a Escola Municipal Machado de Assis, onde Juan Davi estudava, publicou uma nota lamentando o caso e oferecendo condolências à família.
A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Testemunhas estão sendo ouvidas e outras diligências estão em andamento para apurar o caso.
Segundo a Polícia Militar, no momento do disparo que atingiu Juan, não havia operação do 20°BPM (Mesquita) na região, e a equipe foi acionada apenas para verificar a entrada de uma vítima de tiro na UPA de Edson Passos.
Nas redes sociais, a Escola Municipal Machado de Assis, onde Juan Davi estudava, publicou uma nota lamentando o caso e oferecendo condolências à família.
"É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso aluno Juan Davi de Souza Faria. Que a família do Juan Davi receba nossas condolências e amor nesse momento. Que tenham força para passar por esse momento de dor e tristeza. Sintam-se abraçados.
Um primo da vítima também lamentou a morte e relembrou momentos antes da tragédia.
“Primo eu lembro que você estava vivo ontem, comendo, dançando e hoje você não está mais entre nós. Isso me dói muito, sinto a sua falta e não consigo acreditar na sua perda”, disse no dia seguinte após a morte.
“Primo eu lembro que você estava vivo ontem, comendo, dançando e hoje você não está mais entre nós. Isso me dói muito, sinto a sua falta e não consigo acreditar na sua perda”, disse no dia seguinte após a morte.
Juan Davi será enterrado nesta segunda-feira (2º) no Cemitério Municipal de Nilópolis às 14h.
De acordo com a Organização Não Governamental Rio de Paz, desde que iniciaram, em 2007, as estatísticas de crianças e adolescentes mortos (0 a 14 anos) por armas de fogo, a maioria por balas perdidas, já foram contabilizadas 91 vítimas assassinadas, em grande parte em comunidades do estado do Rio.
Nos últimos dez anos, de 2013 a 2023, foram 74. No ano passado, foram 4. “Mantemos uma instalação na Lagoa com nomes de crianças e policiais mortos pela violência no estado. O nome de Juan Davi será colocado lá”, informou em nota.
Em 2021, Alice, de 5 anos, também morreu por bala perdida na virada do ano. O caso aconteceu no Morro do Turano, região central da cidade. Ela também estava na festa de ano novo da família.
"No primeiro dia do ano a face da barbárie e violência do Rio de Janeiro assolou mais uma família. O menino Juan Davi, de apenas 11 anos, estava vivo antes da virada do ano e já na madrugada do primeiro dia ele foi morto por um tiro. É mais uma criança morta por bala perdida em um estado infestado de armamento e munições. Um estado que tem reproduzido por décadas um sistema de segurança e justiça que convive com essa barbárie em meio à baixa taxa de elucidação de homicídios e desprezo à justiça social. É mais uma família dilacerada. É mais um futuro destruído. Quantas famílias mais passarão por isso? O que estão fazendo com nossas crianças no Rio de Janeiro?”, diz Lucas Louback, coordenador de projetos do Rio de Paz
Nos últimos dez anos, de 2013 a 2023, foram 74. No ano passado, foram 4. “Mantemos uma instalação na Lagoa com nomes de crianças e policiais mortos pela violência no estado. O nome de Juan Davi será colocado lá”, informou em nota.
Em 2021, Alice, de 5 anos, também morreu por bala perdida na virada do ano. O caso aconteceu no Morro do Turano, região central da cidade. Ela também estava na festa de ano novo da família.
"No primeiro dia do ano a face da barbárie e violência do Rio de Janeiro assolou mais uma família. O menino Juan Davi, de apenas 11 anos, estava vivo antes da virada do ano e já na madrugada do primeiro dia ele foi morto por um tiro. É mais uma criança morta por bala perdida em um estado infestado de armamento e munições. Um estado que tem reproduzido por décadas um sistema de segurança e justiça que convive com essa barbárie em meio à baixa taxa de elucidação de homicídios e desprezo à justiça social. É mais uma família dilacerada. É mais um futuro destruído. Quantas famílias mais passarão por isso? O que estão fazendo com nossas crianças no Rio de Janeiro?”, diz Lucas Louback, coordenador de projetos do Rio de Paz
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