Publicado 06/01/2023 15:48
Rio - O catador de recicláveis Dierson Gomes da Silva, 51 anos, morto durante operação na Cidade de Deus, Zona Oeste, após ter um pedaço de madeira confundido com um fuzil, será enterrado neste sábado (7) no Cemitério do Pechincha, na Zona Oeste. O velório deve iniciar às 8h, e o sepultamento será às 11h. A família realizou uma vaquinha entre amigos para arcar com os custos do sepultamento.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) se deparou com o homem portando o que aparentava ser a arma com uma bandoleira e por isso atiraram. Os policiais envolvidos na ação foram afastados do cargo e a PM instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias da ocorrência.
O caso aconteceu na localidade conhecida como Pantanal e, segundo moradores, a vítima, conhecida como 'Lord', estava no quintal de casa e segurava o pedaço de madeira quando foi baleada. Já a sobrinha da vítima, Jurema Jane Silva de Souza, de 31 anos, explicou que ele estava em uma construção que fazia parte da casa da mãe quando foi baleado.
"Trabalhava com reciclagem e com o que aparecia, desentupia os canos, ajudava em obra, capinava, fazia o famoso bico. Era um pouco de tudo para se manter", diz a sobrinha, que era tratada pelo tio como se fosse uma filha.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) se deparou com o homem portando o que aparentava ser a arma com uma bandoleira e por isso atiraram. Os policiais envolvidos na ação foram afastados do cargo e a PM instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias da ocorrência.
O caso aconteceu na localidade conhecida como Pantanal e, segundo moradores, a vítima, conhecida como 'Lord', estava no quintal de casa e segurava o pedaço de madeira quando foi baleada. Já a sobrinha da vítima, Jurema Jane Silva de Souza, de 31 anos, explicou que ele estava em uma construção que fazia parte da casa da mãe quando foi baleado.
"Trabalhava com reciclagem e com o que aparecia, desentupia os canos, ajudava em obra, capinava, fazia o famoso bico. Era um pouco de tudo para se manter", diz a sobrinha, que era tratada pelo tio como se fosse uma filha.
Nesta sexta-feira (6), quando familiares retornaram ao Instituto Médico Legal do Centro, a irmã da vítima, Denise Silva Ribeiro, 48 anos, informou que o enterro só pode ser realizado graças a colaboração de amigos e da família, porque a gratuidade oferecida pelo estado do era apenas para os cemitério de Inhaúma, na Zona Norte, e do Caju, no Centro, longe da região onde moravam.
“A gente quis que fosse no Pechincha para que todos os amigos consigam ir, porque lá dá pra ir a pé, é perto de casa, por isso a gente fez uma vaquinha e todo mundo ajudou. Eu fui no cartório e um homem que perdeu a filha me deu R$ 300 e eu nem conhecia ele, tem gente do meu trabalho e colegas do filho dele que ajudaram. Queremos dar um enterro digno, porque ele não merece ser enterrado de qualquer maneira. Não são eles que têm que escolher, em Inhaúma, por exemplo, eu sei nem chegar, no Caju eu sei porque eu trabalho no Centro, mas se for nesses lugares ninguém vai”, explicou.
Defensoria Pública
A Defensoria Pública do Estado do Rio informou, nesta sexta-feira (6), que está acompanhando o caso de Dierson Gomes da Silva e que a família deve ser atendida na próxima semana pela equipe do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos.
De acordo com a Polícia Civil, agentes envolvidos prestaram depoimento, assim como testemunhas. As armas dos policiais militares foram apreendidas para a perícia e outras diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
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