Publicado 16/01/2023 08:36
Rio - Policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) deflagraram a Operação Sentinela e prenderam, na manhã desta segunda-feira (16), Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, médico anestesista colombiano acusado de estupro de vulnerável. Ele foi detido em sua residência, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O homem responde ainda a inquérito por produção e armazenamento de cenas de abuso infantojuvenil.
As investigações tiveram início em dezembro de 2022 a partir do compartilhamento de informações pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (Sercopi) da Polícia Federal e contou com apoio da Inteligência do 2º Departamento de Polícia de Área (DPA) da Polícia Civil.
Os agentes constataram que o médico mantinha armazenado em seus compartimentos eletrônicos milhares de arquivos contendo imagens de abuso sexual envolvendo crianças a adolescentes. A análise do material chamou atenção pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam até bebês recém nascidos.
"A investigação tinha como objetivo identificar uma pessoa que tinha cerca de 20 mil arquivos de pornografia infantil na nuvem. Ou seja, colecionada esse tipo de arquivo, como estupro de bebê de menos de um ano, coisa de natureza muito violenta, algo que chamou a atenção até de policiais mais experientes da delegacia. Além disso tudo, há pelo menos dois vídeos em que o médico aparece praticando estupro durante momento cirúrgico em duas pacientes", disse o delegado Luiz Henrique Marques.
Carrillo é suspeito de estuprar pacientes anestesiadas durante, ao menos, dois procedimentos cirúrgicos: um no Hospital do Fundão e outro em Saquarema.
Um dos casos data de 15 de dezembro de 2020 no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema, Região dos Lagos, durante a realização de uma cirurgia de laqueadura.
Em nota, o hospital afirmou que o médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021 e que colaborou com a Polícia Civil na investigação que levou à prisão do médico anestesista.
O segundo foi em 5 de fevereiro de 2021 em uma das salas de cirurgia do Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, da UFRJ, durante um procedimento para retirada de útero.
O segundo foi em 5 de fevereiro de 2021 em uma das salas de cirurgia do Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, da UFRJ, durante um procedimento para retirada de útero.
A assessoria da UFRJ responsável pelo Hospital Universitário, até o momento, não retornou os questionamentos da reportagem.
A partir de agora, a Polícia espera avançar nas investigações, levantando todas as unidades nas quais o médico trabalha, e encontrar novas possíveis vítimas.
Outro anestesista preso
Em julho do ano passado, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante por estuprar uma grávida durante um parto cesariana no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, em São João Meriti, município na Baixada Fluminense.
A prisão ocorreu após enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade gravarem um vídeo do médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto.
No registro, a gestante estava deitada na maca, inconsciente, onde do lado esquerdo do lençol, a equipe médica iniciava a cirurgia, enquanto do outro lado Giovanni abria o zíper da calça, puxava o pênis para fora e o introduzia na boca da vítima.
Ao terminar o ato de violência o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da gestante. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A prisão ocorreu após enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade gravarem um vídeo do médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto.
No registro, a gestante estava deitada na maca, inconsciente, onde do lado esquerdo do lençol, a equipe médica iniciava a cirurgia, enquanto do outro lado Giovanni abria o zíper da calça, puxava o pênis para fora e o introduzia na boca da vítima.
Ao terminar o ato de violência o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da gestante. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
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