Acidente em brinquedo de parque que funciona no estacionamento Shopping Bangu, na Zona Oeste mata jovemReprodução
Publicado 20/02/2023 13:51
Rio - Agentes da 34ª DP (Bangu) realizaram, na noite do último domingo (19), uma perícia no brinquedo "Expresso do Amor", onde uma mulher foi arremessada para fora e acabou morrendo, em um parque de diversões que funciona no estacionamento do Bangu Shopping, no bairro de mesmo nome, na Zona Oeste do Rio. Isabeli Belmont, de 26 anos, veio a óbito no local, antes da chegada do socorro.

Segundo a Polícia Civil, o empreendimento foi interditado e os agentes estão levantando informações e "realizando diligências para esclarecer todos os fatos".
Os bombeiros chegaram no local por volta das 19h17 e constataram a morte da vítima. Segundo relatos, a filha dela, de 2 anos, viu toda a cena de perto. Além de Isabeli, outra mulher, identificada como Jadinéia de Santana, de 18, foi resgatada e está fora de perigo.

Por meio de nota, a corporação afirmou que o brinquedo e o parque possuem autorização para funcionar e atendem às normas de segurança, além de estarem com a documentação em dia.
Confira o comunicado

"Tanto o parque, quanto o brinquedo tinham autorização do Corpo de Bombeiros RJ para funcionar, no que tange ao cumprimento do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (Coscip).

A documentação do CBMERJ tem relação, por exemplo, com aspectos como rotas de escape e instalação de extintores.

Especificamente sobre os brinquedos, destacamos que, no processo de autorização junto à corporação, é obrigatório que sejam apresentados documentos técnicos, emitidos por engenheiros credenciados pelo CREA-RJ, atestando o bom funcionamento dos mesmos e se responsabilizando pelos engenhos mecânicos e seu estado. O responsável legal pelo parque também assina um documento se responsabilizando pelas informações e toda a documentação apresentada.

Reforçando que cabe aos responsáveis legais e técnicos do parque garantirem as condições de funcionamento dos engenhos mecânicos e suas operações e que mantenham perfeitas as condições de operação e funcionamento".

Uma moradora de Bangu, que não quis se identificar, contou que estava no parque com a família no momento da tragédia e que já andou no brinquedo, mas a velocidade em que a atração gira a teria assustado.

"Sou moradora daqui de perto do shopping e fui ao parque muitas vezes. Ontem, eu estava lá com meu filho, minha afilhada e meu sobrinho quando tudo aconteceu. Já fui duas vezes nesse brinquedo e peguei pavor, não vou nunca mais. Aquilo gira tão rápido, de um jeito que parece que vai te arremessar para fora. Saí com a mão e os braços doendo de tanto segurar, na última vez", relatou.
Segundo ela afirmou, o brinquedo que tirou a vida de Isabeli não seria seguro e, após um susto durante a experiência, decidiu não ir mais a essa e outras atrações do parque, temendo pela própria segurança.

"Depois que eu fui com meu marido nesse mesmo brinquedo e saí assustada, parei de ir em vários outros, por causa da minha segurança. Aquilo ali é uma insegurança total, em vários se você não se segurar firme na barra de ferro, voa longe", alertou.
Também através de nota, a equipe do Bangu Shopping disse que está "profundamente consternada" com o falecimento da cliente. "A administração está apurando as circunstâncias do acidente junto ao lojista e está à disposição das autoridades", disse parte do comunicado.
O DIA não conseguiu contato com os responsáveis pelo parque de diversões. O espaço está aberto para manifestação.
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