Publicado 22/03/2023 15:49 | Atualizado 22/03/2023 16:55
Rio - O Arquivo Nacional receberá recursos no valor de R$ 3,3 milhões para resolver um dos principais 0problemas que afetam o complexo arquitetônico onde está instalada a sede da instituição, no Centro do Rio. O valor, anunciado pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e pela nova diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto, nesta segunda-feira (20), será investido para promover a reparação dos sistemas geradores de energia elétrica na sede do órgão. A decisão foi tomada em diálogo com o Secretário de Gestão Corporativa, Cilair Abreu.
Os sistemas geradores de energia são considerados estratégicos para o funcionamento do Arquivo Nacional mesmo em momentos de falta de fornecimento de energia. Eles garantem o pleno funcionamento de todos os equipamentos dos prédios, incluindo o Data Center, essencial para preservar a segurança dos dados e o acesso remoto ao acervo da casa. Além disso, o serviço deve impactar diretamente a garantia da correta climatização do acervo.
"O Ministério, ao incorporar em sua estrutura o Arquivo Nacional, assumiu também o compromisso de atender as demandas prioritárias para a requalificação do espaço físico desse órgão fundamental da administração pública federal", afirmou a ministra.
Nos últimos anos, o Arquivo Nacional sofreu com incidentes decorrentes de problemas estruturais no Rio. No mês passado, as fortes chuvas que atingiram a capital carioca provocaram vazamentos e colocaram em risco itens do acervo do prédio.
De acordo com a diretora geral da instituição, outras medidas relacionadas à refrigeração e à conservação geral dos prédios estão sendo tomadas em articulação com outras áreas do MGI. "Essas ações têm como objetivo garantir condições mínimas para que o Arquivo possa cumprir sua missão institucional perante a administração federal e a sociedade brasileira", afirmou Ana Flávia.
Situação precária
Devido as últimas chuvas fortes que atingiram o Rio, as áreas do Arquivo Nacional onde estão milhares de peças raras - muitas, únicas - como as imagens feitas por Marc Ferrez, fotógrafo amigo do imperador D. Pedro II, que registrou imagens da família imperial e do Rio de Janeiro do século XIX, foram inundadas e correram o risco de se perder. Algumas salas do sétimo andar do edifício também foram invadidas pela água.
Na ocasião, uma fonte que preferiu não se identificar denunciou ao DIA que, em um dos blocos do prédio, o bloco F, edifício dos anos 1970 que dá para as ruas General Caldwell e Azeredo Coutinho, apesar de ter passado por uma reforma durante a pandemia para mitigar riscos de incêndio, sofreu um incêndio no térreo, no início de 2022.
O relato era de que servidores vinham sofrendo com a falta de condições mínimas de trabalho. Na época, os quatro blocos do complexo tombado pelo Iphan, que já foram a antiga Casa da Moeda, estavam sem água e refrigeração.
O relato era de que servidores vinham sofrendo com a falta de condições mínimas de trabalho. Na época, os quatro blocos do complexo tombado pelo Iphan, que já foram a antiga Casa da Moeda, estavam sem água e refrigeração.
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