Publicado 01/04/2023 17:21 | Atualizado 01/04/2023 18:36
Rio - O caso de bullying contra uma estudante diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista em Natividade, no Noroeste Fluminense, ainda repercute em todo o país após a viralização do vídeo do condenável comportamento protagonizado por grupo de alunas do Colégio Estadual Flávio Ribeiro de Rezende. Na sexta-feira, 31, um protesto foi realizado em frente a unidade.
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) se posicionou e reforçou o papel na educação e na proteção da infância e da adolescência. Secretária da pasta, Roberta Barreto fez um apelo para que o triste episódio seja tratado com responsabilidade e seriedade.
"A escola é um lugar de paz, temos que promover a paz. É muito importante a sociedade entender que são crianças e que, nós todos, precisamos cuidar delas. Não podemos hostilizar as crianças. Elas estão trancadas em casa, com medo da reação da população", disse à 'Rádio CBN'.
Roberta Barreto revelou que já foi instaurada uma sindicância para a apuração detalhada de todos os fatos, incluindo a criticada atuação da diretoria da escola. Uma ocorrência foi aberta na delegacia da cidade. A prática de bullying, racismo e discriminação religiosa são atos criminosos que devem ser avaliados à luz do Estatuto da Criança e da Adolescente.
"Foi acordado com o Conselho Tutelar e a comunidade escolar, como uma medida protetiva, que as crianças fossem afastadas para a realização de trabalhos didáticos em relação ao bullying. E que elas fossem ouvidas por psicopedagogas e as famílias participassem deste grupo de entrosamento e de discussão coletiva. Esse é um trabalho didático da escola, que fará ações contra o bullying e a violência", disse a secretária.
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