Sepultamento de Michele Vila Pinto, de 33 anos, no Cemitério da Jaqueira,, em Queimados. A Jovem teve morte cerebral após ser esfaqueada pelo namorado no dia 15 de março em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Cléber Mendes/Agência O Dia
Publicado 05/04/2023 17:29
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Rio – Michele Vila Pinto, de 33 anos, foi enterrada nesta quarta-feira (5) no Cemitério da Jaqueira, em Queimados. Michele teve morte cerebral confirmada após ser esfaqueada pelo namorado no dia 15 de março em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por negar ter relação sexual.
No sepultamento, Tamires Guedes Pires, cunhada da vítima, lembrou de Michele como uma mulher bondosa e amada. "Ela era uma pessoa incrível, trabalhadora, uma menina que ajudava todo mundo, disposta a ajudar as pessoas, nunca foi de fazer mal para ninguém. Ela foi com apenas 33 anos, deixando duas filhas para trás, uma bebê ainda", disse Tamires, referindo-se à filha de 1 ano e 6 meses com quem Michele dormia quando foi atacada.
"Ela nos pegou desprevenidos, porque ninguém da família estava esperando por isso. Estamos passando a maior barra, todo mundo muito abalado com o que aconteceu com ela. A única coisa que a família pede é justiça pelo o que foi feito com a Michele. Estamos todos muito arrasados", disse a cunhada da vítima.
Alguns presentes vestiam uma camisa com a frase: "Amigos e familiares pedem justiça por Michelle".
Michele foi esfaqueada por Rodrigo Almeida Neves Pinheiro, de 44 anos, depois de ter se recusado a ter relações sexuais com ele. Após o crime, a mulher foi encontrada trancada no quarto pela filha mais velha, de 16 anos.
Na ocasião, Michele foi golpeada no pescoço pelo namorado, passou por uma cirurgia de emergência e ficou internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), no bairro da Posse, em estado grave, e até então estável.
Rodrigo, também conhecido como Pastor, tentou fugir, mas foi detido por agentes da 55ª DP (Queimados). Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva expedido pelo Plantão Judiciário da Comarca da Capital.
O suspeito possuía anotações criminais anteriores e saiu da prisão em março de 2022. Na ocasião, Pastor estava preso por tráfico de drogas e tentativa de homicídio.
Em setembro do mesmo ano, começou a namorar Michele e o casal morava junto. Apesar do histórico, familiares da vítima afirmaram que o homem não dava indícios de novas agressões.

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