Kettelyn de Oliveira, de 17 anos, foi morta a tiros na Avenida das Américas. no RecreioReprodução / Redes sociais
Publicado 28/04/2023 18:21 | Atualizado 28/04/2023 19:36
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Rio - A adolescente Ketellyn de Oliveira, de 17 anos, morta a tiros no Recreio dos Bandeirantes, foi enterrada na manhã desta sexta-feira (28), no Cemitério Magé II, na Baixada Fluminense. 
Ketellyn estava com o amigo Gabriel da Silva Gonçalves, de 17 anos, na madrugada de quarta-feira (26), quando dois homens em uma motocicleta passaram e atiraram na direção deles. A família da jovem acredita que os criminosos forjaram um assalto para assassinar o rapaz, que tinha passagem pela polícia por furto cometido no fim do ano passado.
Gabriel morreu na hora e Ketellyn foi socorrida no Hospital Lourenço Jorge, na Barra. Ela chegou na unidade com vida, mas não resistiu e morreu na sala de cirurgia. O tiro transpassou um dos pulmões.
Segundo uma parente da menina, que não quis se identificar, lamentou a morte dela e disse que a adolescente mantinha pouco contato com a família.
"Ela era maravilhosa, mas era bagunceira e fazia muita coisa na rua. Ela só falava comigo que estava bem e ia dar notícias. O negócio dela era viver sozinha, não tinha paradeiro. Ela ficava um tempo aqui, outro lá, ficava de casa em casa, não me procurava para nada", disse na ocasião.
Ketellyn era natural de Magé, na Baixada, e fez aniversário no último dia 22. 

De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. Diligências estão em andamento para identificar a autoria do crime.
Amigo com passagem pela polícia
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, Gabriel foi apreendido em flagrante em 17 de novembro de 2022 por furto, e, em 1º de dezembro do mesmo ano o processo foi julgado.
"Por se tratar de crime sem violência ou grave ameaça, o adolescente recebeu medida socioeducativa em meio aberto. Ele foi entregue à avó paterna, que estava presente à audiência. Saliento que o adolescente informou em juízo que morava com o pai e os avós paternos, e foi a avó paterna quem compareceu em ambas as audiências realizadas na vara da infância e juventude, na qualidade de responsável pelo adolescente", disse em comunicado.
O órgão ainda lamentou a morte e reforçou, após declaração da mãe do jovem de que ele deveria permanecer detido, que a decisão de detenção ou não cabe apenas a Justiça.
"Lamentamos profundamente a morte violenta de um adolescente, nos solidarizamos com a dor da família e confiamos que os responsáveis pelo crime serão identificados e punidos pelas autoridades. Ressalto que a decisão sobre se o adolescente deve ou não permanecer privado de liberdade cabe à Justiça, e não à família, e que não cabe aos genitores transferir a guarda dos filhos menores para o Estado", complementou.

 
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