Segundo a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o casoDivulgação

Rio - Um adolescente de 17 anos foi morto a tiros na Avenida das Américas, no Recreio, na Zona Oeste, na noite desta terça-feira (25). Na ação, a jovem Ketellyn de Oliveira, 17, também ficou ferida e foi encaminhada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. De acordo com testemunhas, dois homens em uma motocicleta atiraram na direção da dupla que estava com outros amigos.
De acordo com uma familiar de Ketellyn, que não quis ser identificada, a adolescente chegou a unidade de saúde com vida, mas durante a madrugada desta quarta-feira (26) morreu na mesa de cirurgia. "A médica me disse que ela estava bem e em procedimento, mas perdeu muito sangue", contou.
Ainda segundo a parente, o crime foi um suposto assalto para matar Gabriel, que possuí uma passagem pela polícia. “Na real o assalto foi pra ser ele. Ela (Ketellyn) só estava com as pessoas erradas, no horário errado e no momento errado. Ela já passou por uma espécie de orfanato quando era mais nova, mas nunca foi presa. Acho que conforme ela foi crescendo, foi conhecendo a rua, se revelando e infelizmente deu no que deu”, lamentou.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, Gabriel foi apreendido em flagrante em 17 de novembro de 2022 por furto, e, em 1º de dezembro do mesmo ano o processo foi julgado.
"Por se tratar de crime sem violência ou grave ameaça, o adolescente recebeu medida socioeducativa em meio aberto. Ele foi entregue à avó paterna, que estava presente à audiência. Saliento que o adolescente informou em juízo que morava com o pai e os avós paternos, e foi a avó paterna quem compareceu em ambas as audiências realizadas na vara da infância e juventude, na qualidade de responsável pelo adolescente", disse em comunicado.
O órgão disse ainda, logo após a declaração da mãe do rapaz veiculada à imprensa, de que o menino não devia estar em liberdade que "a decisão sobre se o adolescente deve ou não permanecer privado de liberdade cabe à Justiça, e não à família, e que não cabe aos genitores transferir a guarda dos filhos menores para o Estado".
Por fim, o TJRJ lamentou a morte violenta. "Nos solidarizamos com a dor da família e confiamos que os responsáveis pelo crime serão identificados e punidos pelas autoridades", relatou.

Segundo a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. Diligências estão em andamento para identificar a autoria do crime.