Publicado 28/04/2023 20:40 | Atualizado 28/04/2023 20:48
Rio - A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte de José André de Souza, de 42 anos, baleado na manhã desta sexta-feira (28) na Comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. É a segunda morte com as mesmas características em 24h.
Segundo a Polícia Militar, agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionados para verificar a entrada de uma vítima ferida com disparos de arma de fogo no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio. Jorge não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.
Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) abriram uma investigação para apurar as circunstâncias da morte. De acordo com a Civil, os agentes já realizaram uma perícia no local onde o homem foi baleado e outras diligências seguem em andamento.
A suspeita é que o crime teria acontecido porque a vítima teria testemunhado a morte do mototaxista Fábio Ferreira Resende, de 40 anos, nesta quinta-feira (27). Jorge também trabalharia transportando passageiros pela região.
Suposta proibição para transporte de moto via aplicativo
Nesta quarta-feira (26), uma mensagem circulou nas redes sociais mostrando uma proibição sobre o transporte de passageiros por moto via aplicativo em comunidades da Praça Seca. A suposta ordem foi atribuída ao Comando Vermelho (CV), facção que domina a região.
De acordo com a postagem, traficantes CV estariam ameaçando condutores de moto por aplicativo que peguem corrida para comunidades da região, como Divino, Chacrinha, Bateau Mouche, Menezes e Barão, todas dominadas pela facção.
Caso os condutores continuem passando pelo local, a publicação promete uma retaliação. A mensagem ainda mostra que todas as comunidades possuem mototaxistas próprios, dando a entender que a entrada de moto por aplicativos possa atrapalhar esse trabalho.
A Polícia Militar informou, nesta sexta-feira (28), que o 18º BPM (Jacarepaguá) segue atuando no bairro de Praça Seca de forma atenta a qualquer movimentação atípica na região e pronto para intervir em caso flagrante de cometimento de crime.
De acordo com a corporação, a unidade vem acompanhando as ameaças aos profissionais que atuam no transporte particular de passageiros na região de Jacarepaguá e trabalha em parceria com as delegacias da área para localizar e prender os autores dessas mensagens.
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