Publicado 09/05/2023 13:06
Rio - Preso por matar a ex-companheira, na sexta-feira passada (6), em Bangu, Marcius dos Reis Resener de Oliveira se passava por advogado criminalista e especialista na defesa de homens que eram acusados pela Lei Maria da Penha. Marcius, no entanto, não possui inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em depoimento à polícia disse ser funcionário público.
Em uma entrevista à TV Cidade, emissora de Teresópolis, em fevereiro deste ano, Marcius criticou a lei e citou dados, sem apresentar fontes, afirmando que homens sofrem mais violência doméstica do que as mulheres. Além disso, disse que a maioria das mulheres mentem nas denúncias da Lei Maria da Penha. Sancionada em 2006, a lei fez com que a violência doméstica e familiar contra a mulher se tornasse crime.
Em uma entrevista à TV Cidade, emissora de Teresópolis, em fevereiro deste ano, Marcius criticou a lei e citou dados, sem apresentar fontes, afirmando que homens sofrem mais violência doméstica do que as mulheres. Além disso, disse que a maioria das mulheres mentem nas denúncias da Lei Maria da Penha. Sancionada em 2006, a lei fez com que a violência doméstica e familiar contra a mulher se tornasse crime.
Segundo o Instituto de Segurança Pública, em 2022, o Estado do Rio bateu o recorde de feminicídios com 111 mortes e 293 tentativas.
Em trecho do debate, Marcius afirma que sofreu violência doméstica por parte da ex-companheira, Aline da Silva Resener de Oliveira, morta a tiros. "Eu sofri violência doméstica, sofri com o meu filho. Se não fosse o a batalha, meu filho teria virado um Henry Borel da vida. Ele estaria morto", afirmou. Segundo as investigações, Henry Borel morreu em 2021 após as agressões do padrasto, o ex-vereador Jairinho.
Durante sua apresentação, Marcius disse também que era formado em psicanálise, mas ao juiz, na audiência de custódia, ele revelou ser funcionário público, vinculado à Secretaria da Educação, atuando no Colégio Estado de Israel.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que Marcius é funcionário público da rede, mas estava de licença desde junho de 2022. Após sua prisão, foi aberto um pedido de suspensão da remuneração.
Em nota, a TV Cidade afirmou que convidou a instituição Unifami (União pela Família) para debater sobre o tema e a organização enviou dois representantes, sendo um deles Marcius. A emissora disse ainda que "considerando que Marcius foi indicado pela instituição, os produtores do programa não tinham motivos para questionar suas credenciais."
Durante sua apresentação, Marcius disse também que era formado em psicanálise, mas ao juiz, na audiência de custódia, ele revelou ser funcionário público, vinculado à Secretaria da Educação, atuando no Colégio Estado de Israel.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que Marcius é funcionário público da rede, mas estava de licença desde junho de 2022. Após sua prisão, foi aberto um pedido de suspensão da remuneração.
Em nota, a TV Cidade afirmou que convidou a instituição Unifami (União pela Família) para debater sobre o tema e a organização enviou dois representantes, sendo um deles Marcius. A emissora disse ainda que "considerando que Marcius foi indicado pela instituição, os produtores do programa não tinham motivos para questionar suas credenciais."
Procurada, a organização União pela Família não retornou.
Relembre o caso
Marcius dos Reis Resener de Oliveira e a namorada Rafaella Azevedo Calheiros Régis foram presos pela morte de Aline Resener Oliveira Silva, 41 anos. A mulher foi assassinada a tiros na frente do filho, em Bangu, na Zona Oeste, na sexta-feira (5). O casal teve a prisão preventiva decretada no domingo (7).
Segundo testemunhas, a vítima disputava a guarda do filho com o pai na Justiça. Durante o ataque, ela ainda tentou proteger a criança, mas acabou sendo baleada nas costas.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.