Polícia investiga se acusadas por golpe em chilenos praticavam crimes semelhantes na Lapa

Rio - A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) investiga se as suspeitas envolvidas no caso dos chilenos, no último dia 14, já praticavam crimes semelhantes contra turistas na Lapa, no Centro do Rio. Nesta segunda-feira (22), Tuane Costa e Davina Melo foram presas após câmeras de segurança flagrarem as duas entrando em um carro com os chilenos.

Ao DIA, a delegada Patrícia Alemany, titular da Deat, disse que a polícia investiga se houve outros casos semelhantes cometidos pelas mulheres, mas que ainda não há confirmação. "Nós temos informações que elas já haviam praticado outros golpes, mas ainda não existe registros nesse sentido. Estamos realizando pesquisas em banco de dados para a confirmação", explicou ela.

As acusadas estão respondendo pelo crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. A investigação está em andamento.

No último dia 14, os chilenos Ronald Tejeda Sobarzo e Andres Orellana, ambos de 29 anos, foram encontrados desacordados no Mirante do Rato Molhado, em Santa Teresa, no Centro do Rio. De acordo com a perícia os turistas teriam sofrido uma queda de cerca de 9 metros de altura. Ronald não resistiu aos ferimentos e morreu. Já Andres, ferido, chegou a ser transferido e internado em um hospital particular.

Após investigações, a Deat identificou, através das imagens de câmeras de segurança, que Tuane Costa e Davina Melo haviam entrado em um carro com os turistas na Rua Mem de Sá, a principal da Lapa.

Em entrevista à imprensa chilena, a irmã de Ronald, Marta Elisabeth Tejeda, afirmou que colocaram algo na bebida de ambos e eles perderam a consciência após entrarem em um carro de aplicativo. "Tenho certeza de que alguém deve tê-los drogado, porque meu irmão não era de beber muito, muito menos em outro país", revelou.