Publicado 23/05/2023 18:17 | Atualizado 23/05/2023 18:28
Rio - Profissionais da rede estadual de educação decidiram, em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (23), pela manutenção da greve iniciada há seis dias. A reunião aconteceu no Circo Voador, na Lapa, região central do Rio. De lá os presentes realizaram uma passeata em direção à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
A categoria reivindica a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos tendo como referência o salário mínimo nacional. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) alega que o projeto do governo estadual de incorporar o piso nacional do magistério não contempla todas as carreiras. Sendo assim, o reajuste só seria válido para os salários que estão abaixo do piso.
De acordo com o Sepe, houve uma reunião nesta segunda-feira (22) entre os representantes da categoria e a secretária de Educação, Roberta Pontes, mas o governo não apresentou nada de concreto para os profissionais e que não há qualquer versão de proposta governamental para ser apresentada.
Questionada sobre a manutenção da greve nesta terça-feira (23), a Secretaria de Estado de Educação reafirmou o compromisso do Governo do Estado com a valorização dos profissionais da rede e informa que tem mantido um canal permanente de diálogo com a categoria. A secretaria ressaltou que todas as reivindicações apresentadas pelos profissionais estão sendo analisadas. De acordo com o órgão, 78% dos professores compareceram ao trabalho nesta terça.
Na última quinta-feira (18), a Secretaria de Estado de Educação disse que está aberta ao diálogo com a categoria. Após o encontro, a secretaria afirmou que "os pleitos apresentados pelos profissionais estão sendo analisados e, conforme o sistema de controle de frequência da secretaria, a adesão à greve está em 15% em todo o estado".
O pagamento do piso nacional a todos os professores que recebem abaixo de R$ 4.420,55 é uma das propostas apresentadas à classe. Ainda de acordo com a secretaria, a medida "contempla uma reivindicação dos educadores que não era atendida desde 2015. A iniciativa vai gerar um impacto significativo para quase metade do funcionalismo da pasta".
Passeata
Os profissionais da rede estadual de educação realizaram uma passeata em direção à Alerj após decidirem por manter a greve em uma reunião na Lapa. Diversos cartazes cobrando investimentos do Governo do Rio foram levados para o ato.
Segundo o Centro de Operações Rio (COR), o trânsito na Avenida Nilo Peçanha, na altura da assembleia legislativa, ficou interditado durante a manifestação. Equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) e da Polícia Militar acompanharam o protesto.
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