Intensos tiroteios foram registrados em comunidades das zonas Norte e OesteBanco de imagens / Agência O Dia
Publicado 31/05/2023 08:23
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Rio - Um intenso tiroteio assustou os moradores da comunidade da Serrinha, na Zona Norte, durante uma operação da Polícia Militar (PM), que aconteceu na manhã desta quarta-feira (31). Outras ações também foram realizadas em diversos pontos da cidade e, segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), 35 escolas ficaram fechadas e quase 10.000 alunos foram afetados.
Na Zona Norte, além da operação feita pela equipe do 9° BPM (Rocha Miranda) na Serrinha, em Madureira, as comunidades de São João e Macacos também receberam uma ação policial da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). O perfil Onde Tem Tiroteio (OTT) registrou disparos às 6h27 e às 7h45 na Serrinha.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Ações com Cães (BAC) atuaram no Complexo da Maré, também na Zona Norte, e, segundo a PM, o objetivo da operação era coibir roubos de carga e de veículos na região. Em ação no Parque União, o BAC apreendeu cerca de uma tonelada de drogas após os cães farejadores indicarem o local que armazenava os entorpecentes.
Já na Zona Oeste, a Cidade de Deus foi alvo, pelo segundo dia consecutivo, dos policiais do 18° BPM (Freguesia). Segundo o OTT, disparos foram ouvidos por volta das 6h23 na região do 15, na altura da Rainha da CDD.
Segundo a PM, os militares abordaram um homem, durante o patrulhamento na comunidade. Após consulta, os agentes identificaram que o suspeito possuía um mandado de prisão. O homem, que não teve a identidade revelada, foi encaminhado para a 32ª DP (Taquara) e ficará à disposição da Justiça.
Policiais do 4° BPM (São Cristóvão) também realizaram uma operação na comunidade do Caju, na Zona Portuária. Os agentes apreenderam grande quantidade de entorpecentes, quatro rádios comunicadores, um cinto tático e munições.
A guerra na Serrinha
No início do mês passado, a Serrinha foi palco de uma guerra entre o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP). "Os caras da Serrinha atravessaram com o carro com um montão de 'vagabundo', chegaram atirando em todo mundo", disse o amigo de um jovem morto. 
Este clima tenso na região é recorrente. Criminosos da Serrinha, que é comandada pelo TCP, e traficantes do Congonha, dominado pelo CV, entram em conflito constantemente. "Os bandidos da Serrinha sobem lá e dão tiro em todo mundo. Enquanto a polícia não botar a mão no Lacoste, aquela guerra em Madureira nunca vai acabar", relatou um morador.
Wallace Brito Trindade, o Lacoste, é o chefe do tráfico da Serrinha. No início de março, o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre os envolvidos na morte de um policial. Na ocasião, Lacoste é suspeito de participar da morte do militar, durante uma operação na Serrinha.
Reflexo das operações
Na Serrinha, a SME informou que duas escolas não abriram e 218 alunos ficaram sem aula. Na região dos Macacos e do São João, seis colégios foram impactados e 1.308 alunos não tiveram aula. Já na Maré, 23 escolas foram afetadas e 7.722 jovens não puderam ir para aula.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as Clínicas da Família Jeremias Moraes da Silva, na Maré, a Fernando Antônio Braga Lopes, no Caju e a Mestre Molequinho do Império, em Madureira suspenderam as atividades, em decorrência das operações nas regiões.

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