O local foi isolado e preservado para perícia, que foi realizada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC)Divulgagão
Publicado 08/06/2023 10:50
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Rio - Um homem foi executado a tiros, na noite desta quarta-feira (08), na Avenida Isabel Domingues, na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio. Ele ainda não foi identificado. A região tem sido palco de guerras constantes entre milicianos e traficantes. Somente neste ano, sete pessoas foram mortas na localidade em razão do conflito
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) foi acionada no local para verificar um homicídio. Chegando na região, eles encontraram o corpo de um homem com diversas marcas de tiros no rosto e tórax.
O local foi isolado e preservado para perícia, que foi realizada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Diligências estão em andamento para esclarecer a identidade e a motivação do crime.
Guerra na Zona Oeste
Em janeiro deste ano, traficantes do Comando Vermelho (CV) invadiram comunidades da Gardênia Azul, antes dominadas pela milícia. A briga entre milicianos e traficantes na região ainda perdura. Devido a luta por territórios, a PM tem intensificado sua atuação na região.
A Gardênia, assim como a Muzema, no Itanhangá, e Rio das Pedras, também na Zona Oeste, sofreu forte influência de milicianos nos últimos 30 anos. Com a invasão, o tráfico, comandado por Edgar Alves de Andrade, também conhecido como Doca e Urso, um dos líderes da facção atuante na Penha, na Zona Norte, tomou conta das comunidades e expandiu pontos de venda de drogas pela região.
Mortes frequentes na região
O miliciano Leandro Siqueira de Assis, o 'Gargalhone', de 46 anos, foi morto a tiros, em maio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O corpo foi encontrado dentro de um carro, próximo ao Mercado do Produtor, na Avenida Ayrton Senna.
Gargalhone era considerado um dos chefes da milícia que atua na Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio. A região sofreu forte influência de milicianos nos últimos anos. Neste ano, Leandro teria se aliado ao Comando Vermelho (CV) para retomar o controle da Gardênia. Com a ajuda de Gargalhone, traficantes conseguiram expandir pontos de tráfico de drogas pela região.
No último dia 23 de março, o vendedor de água Ironaldo Salvador de Alcantara, de 51 anos, também foi morto a tiros na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio. De acordo com testemunhas, o vendedor foi alvo de mais de 40 tiros dentro do seu estabelecimento. O motivo, ainda não confirmado pela polícia, teria sido a recusa de Ironaldo em comprar mercadoria de traficantes que comandam a comunidade.
Um homem foi morto a tiros e outro foi baleado na Praça do Gardênia Azul no último dia 4 de março. De acordo com a Polícia Militar, agentes do 18ºBPM (Jacarepaguá) foram acionados para a Estrada Tenente-Coronel Muniz de Aragão. No local, a equipe encontrou um homem já sem vida no interior de um carro. Um outro indivíduo com ferimentos provocados por disparos de arma de fogo foi localizado em um posto de combustível na mesma via.
No dia 9 de fevereiro, dois corpos foram encontrados às margens do Canal do Anil, na Gardênia Azul, e removidos por equipes do Corpo de Bombeiros. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a morte dos dois homens, tendo como principal linha de investigação que tenha sido execução.
Já nesta última terça-feira (06), dois homens, ainda não identificados, foram assassinados e tiveram seus corpos deixados na Avenida Ayrton Senna, altura da Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio.

Segundo as primeiras informações, ambos foram levados até o local na mala de um carro e, em seguida, dois homens saíram do veículo e retiraram os corpos.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para remover os corpos, que foram encaminhados ao IML do Centro do Rio. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
 
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