Após ser preso no Vidigal, Bruno chega à DDPA para ser ouvidoMarcos Porto / Agência O Dia
Publicado 15/06/2023 11:04
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Rio - Preso na manhã desta quinta-feira (15), Bruno de Souza Rodrigues, suspeito de matar o ator Jeff Machado, foi localizado através do monitoramento do setor de inteligência da Polícia Civil, que ficou observando a movimentação de Bruno pela comunidade por quatro dias. De acordo com as investigações da corporação, o produtor estava há cinco dias na parte alta do Morro do Vidigal, Zona Sul da cidade.
A titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Ellen Souto, informou que desde a expedição do mandado de prisão, Bruno estava sendo monitorado. "Ele estava circulando pela cidade, chegou a ir em Mesquita, Ipanema, Leblon, mas há cinco dias estava na parte alta do Morro do Vidigal e durante esses dias ele entrou e saiu da comunidade diversas vezes, com livre acesso. Diante dessas informações, confirmadas ontem, decidimos fazer essa operação", explica.
As investigações apontam que, por Bruno ter um contato muito grande no meio artístico, tinha o hábito de frequentar o Vidigal. "O que temos que apurar agora é saber se houve um favorecimento pessoal, se alguma pessoa o apoiou nessa nova fase dele de foragido e se alguém permitiu a entrada dele na comunidade", explica Souto.
A defesa de Bruno afirmou que não tinha informações sobre o paradeiro do produtor e que trabalhava com a possibilidade do suspeito se entregar. "Não sabíamos aonde ele estava, soubemos pela imprensa. A defesa estudava a apresentação dele, mas o problema é que os requisitos da prisão temporária não foram apresentados pela delegada, então, a defesa acreditava que a prisão poderia ser revertida, como continua acreditando", explica João Maia, advogado de Bruno.   
Em relação ao inquérito policial, Ellen Souto afirmou que está na parte final. "Estamos caminhando para o final. Com a prisão dele, fica ainda mais adiantado, mas estávamos aguardando algumas pequenas diligências para que o inquérito seja encaminhado para a Justiça sem nenhuma pendência", disse.
Além disso, a delegada, mais uma vez, negou o envolvimento de Marcelo, personagem apontado por Bruno como um rapaz com o qual Jeff se relacionava. "Marcelo é uma invenção criada pelo Bruno, sem nenhum amparo para a existência dele. Na cena do crime havia somente, Bruno, Jeander e a vítima", ressalta. 
Relembre o caso
Jeff Machado foi dado como desaparecido no dia 27 de janeiro. O alerta se acendeu após familiares receberem relatos de uma ONG avisando que os cães do ator estariam soltos na rua. O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Antes de sumir, o ator teria avisado que faria uma viagem de trabalho para São Paulo.
Após meses de investigação, o corpo do ator foi encontrado dentro de um baú enterrado e concretado dentro de uma casa em Campo Grande, Zona Oeste. O imóvel foi alugado pelo produtor em dezembro do ano passado, um mês antes do desaparecimento do ator.
Desde o encontro do cadáver, a suspeita sobre Bruno foi aumentando. O produtor teria ficado com a chave da casa de Jeff e com alguns pertences depois do desaparecimento, o que chamou atenção dos investigadores. Segundo a DDPA, o suspeito tentou vender a casa e o carro do ator, mas não conseguiu.
De acordo com a polícia, o suspeito enganou a vítima com a promessa dele estrelar uma novela, pedindo uma quantia de R$ 20 mil, que foi paga por Jeff.
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