Desenhos feitos pela acusada para enganar as vítimasDivulgação
Publicado 01/07/2023 10:03
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Rio - A Justiça do Rio concedeu, na noite desta sexta-feira (30), liberdade provisória para Amanda Maria Sousa de Oliveira, de 42 anos, acusada de estelionato ao se passar por criança, de 12, diagnosticada no espectro autista. Apesar da liberação, a mulher terá de cumprir uma série de medidas cautelares enquanto caso estiver em julgamento.

De acordo com a decisão do juiz Pedro Ivo Martins Caruso, da Central de Audiências de Custódia da Comarca da Capital, Amanda precisará comparecer mensalmente em juízo; está proibida de ausentar-se da cidade por mais de 10 dias, sem prévia autorização; além de estar impedida de ficar a menos de 300 metros de qualquer vítima ou testemunha.

A estelionatária havia sido presa em flagrante na última quarta-feira (28), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, após investigação da Polícia Civil. A denúncia contra Amanda foi feita pela ex-vereadora Renata Magalhães e também por Viviane Henriques, responsável pelo projeto "Mãos que Abençoam com Amor".

As vítimas ajudavam financeiramente a acusada que dizia ser autista e sofrer de perseguição religiosa. Durante um período, elas teria, inclusive arcado com o valor do aluguel de uma casa onde Amanda vivia com a sua família. Os móveis, roupas e demais itens do imóvel também foram doados.

Após descobrir que se tratava de um golpe, as vítimas procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Nova Iguaçu para registrar o caso. Durante a investigação da especializada, foram identificadas buscas da acusada relacionadas ao comportamento de crianças diagnosticadas com autismo.
A acusada também pesquisava sobre desenhos feitos por pessoas no espectro e os reproduzia para sensibilizar vítimas.

Durante as investigações, também foi descoberto que Amanda tinha diversas agulhas inseridas por ela no próprio corpo. A ideia era dar credibilidade ao golpe, onde ela também afirmava ser alvo de rituais de bruxaria, maus-tratos e prostituição infantil.

Além das vítimas no Rio, Amanda responde a inquéritos também por crimes de estelionato em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Rio Grande do Sul.

Em caso de descumprimento das medidas cautelares, Amanda retornará à prisão imediatamente.
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