Élcio de Queiroz (direita) deu detalhes sobre a morte de Marielle Franco planejada por Ronnie Lessa (esquerda)Divulgação / Polícia Civil
Publicado 24/07/2023 22:17 | Atualizado 24/07/2023 22:52
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Rio - A delação premiada que ocorreu no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco foi motivada por uma mentira conta por Ronnie Lessa a Élcio de Queiroz. De acordo com Élcio, o amigo teria afirmado que não havia feito pesquisas na internet sobre Marielle. Ambos teriam medo de que isso poderia fazer a Polícia chegar aos assassinos. A informação é do 'Jornal Nacional', da TV Globo.
No entanto, Ronnie Lessa fez buscas em um site de crédito para obter dados do CPF de Marielle Franco e da filha da parlamentar e utilizou um buscador privado para conseguir o endereço da vítima. A informação foi confirmada por agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24) na Superintendência da PF, na Praça Mauá.
O endereço pesquisado, no entanto, não era mais residido por Marielle. A PF avançou nas investigações e descobriu a forma de pagamento feita por Ronnie para realizar as pesquisas, feitas dois dias antes do crime. Élcio foi acionado somente para o serviço, substituindo a função de Maxwell Corrêa, o 'Suel', que era o motorista. O ex-bombeiro foi preso nesta manhã em sua casa.
A delação desencadeou, na manhã desta segunda, a Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra Maxwell e seis mandados de busca e apreensão, na cidade do Rio de Janeiro e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Na casa do ex-bombeiro foram apreendidas armas de fogo. Junto com Ronnie Lessa, Suel mantinha a família de Élcio e ajudava a pagar a defesa no processo. O dinheiro, segundo os investigadores, vinha de atividades ilícitas da milícia.
 
 
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