Militar é acusado de homicídio tentado qualificado por motivo torpeReprodução / Redes Sociais
Publicado 27/07/2023 21:29 | Atualizado 27/07/2023 21:41
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Rio - O sargento do Corpo de Bombeiros Paulo César de Souza Albuquerque, que invadiu uma lanchonete e atirou em um funcionário, disse ao Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (27), que escorregou e disparou acidentalmente contra a vítima. A versão é a mesma apresentada à Polícia Civil na época do crime, em maio do ano passado. Toda a ação foi filmada por câmeras de segurança. As informações são do site 'G1'.
A audiência começou no início da tarde desta quinta-feira (27) e já passa de sete horas de julgamento, sem previsão para acabar. Durante o depoimento ao Tribunal, Paulo César também deu sua versão do motivo pelo qual não ligou para a emergência.

O bombeiro alegou que havia esquecido o telefone da própria corporação que trabalhava: "Não lembrava do número dos Bombeiros". Ele também acrescentou em depoimento que não tinha associado o barulho feito pela arma com tiro.

O julgamento é conduzido pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O militar é acusado de homicídio tentado qualificado por motivo torpe.

Paulo César teve suspenso o porte e posse de armas, além de ser alvo de um inquérito e de um conselho disciplinar policial militar que apura a sua conduta profissional.

Relembre o caso

O caso aconteceu na madrugada do dia 9 de maio de 2022, no McDonald's da Taquara, na Zona Oeste do Rio. Na ocasião, o bombeiro atirou contra Mateus Domingues Carvalho, de 21 anos, após uma discussão sobre um cupom de desconto.
Veja o vídeo:
De acordo com amigos da vítima, o homem fez um pedido no drive-thru da unidade e no momento em que foi pegar o seu pedido, já no fim do atendimento, disse que tinha um cupom de desconto. Mateus tentou explicar que a informação deveria ter sido dada no início do pedido.
Insatisfeito, o bombeiro quebrou a proteção de acrílico e deu um soco no rosto do atendente. Após isso, entrou na loja e atirou contra o funcionário. O sargento disse, em depoimento, que o disparo contra o atendente foi acidental. No entanto, um amigo do militar, Carlos Felipe da Silva Brasil, negou a versão.

À polícia, a testemunha alegou ainda que Mateus foi agredido duas vezes antes de ser atingido por um disparo: uma do lado de fora da lanchonete, e outra quando o bombeiro entrou na parte onde a vítima estava. O rapaz disse também que Mateus teria se defendido e logo após foi baleado.
Mateus foi atingido no abdômen e ficou 10 dias internado. O jovem perdeu o rim esquerdo e uma parte do intestino.

Paulo está preso desde o dia 20 de maio do ano passado quando se apresentou à Polícia Civil, após ter mandado de prisão expedido. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) e acatado pelo TJRJ no dia 19 de maio.
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