Presidente fez a declaração durante agenda no RioReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Publicado 10/08/2023 14:34 | Atualizado 10/08/2023 16:00
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Rio- Durante cerimônia para anunciar os investimentos em mobilidade urbana na cidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a morte do adolescente de 13 anos na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, na madrugada de segunda-feira passada (7).

"Eu quero que vocês sigam a vida plena que Deus nos deu neste estado maravilhoso que não é só Copacabana e Ipanema. É o povo pobre da periferia, que deve ser tratado com respeito para que nunca aconteça o que aconteceu com o menino de 13 anos que foi assassinado por um policial despreparado e irresponsável. A gente não pode culpar a polícia, mas a gente tem que dizer que o cidadão que atira em um menino que já estava caído é um irresponsável e não estava preparado, do ponto de vista psicológico, para ser policial", disse Lula.

O presidente afirmou que novas condições precisam ser criadas para que a polícia seja eficaz e combata o crime. "Mas, ao mesmo tempo, essa polícia precisa saber diferenciar o que é um bandido e o que é o pobre que anda na rua. E para isso, a polícia precisa estar bem formada", ressaltou.

Lula destacou que "não está jogando a culpa em nenhum governador". "O governo federal tem que assumir a responsabilidade de ajudar os governadores no combate à violência porque o crime organizado está tomando conta do país", explicou.

Relembre o caso

O adolescente T.M.F. foi morto a tiros durante uma ação da PM na Cidade de Deus. Os familiares defendem que os disparos foram feitos por agentes do Batalhão de Polícia Militar do Choque (BPChq). 
"Ele estava passeando de moto com um amigo em uma das ruas da Cidade de Deus, onde foram abordados já a tiros. Uma bala pegou na perna do jovem e ele caiu. [Pelas imagens], dá para vê-lo no chão ainda vivo e o policial vai lá e acaba de executar", disse o tio da vítima, o pintor Hamilton Menezes.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que uma equipe estava em patrulhamento na esquina da Estrada Marechal Miguel Salazar com Rua Geremias quando dois homens em uma moto atiraram contra os militares, iniciando confronto.
Ainda de acordo com a corporação, foi aberto um procedimento interno para apurar as circunstâncias da ação. As armas dos policiais envolvidos na ocorrência foram apreendidas.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O Ministério Público também abriu uma investigação sobre a morte do menino.
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